sábado, 27 de setembro de 2008

12 - DOUTRINA DA JUSTIFICAÇÃO


Doutrina da Justificação

O Conceito de Justificação

Textos – Chaves do Assunto: Jó 25.4; Rm 5.1; 8.30

Introdução: "Na sua Epístola aos Romanos, o apóstolo Paulo apresenta o homem pecador num tribunal, (Aspecto Jurídico) em julgamento por sua própria vida. A acusação é alta traição contra o rei do universo (ler depois: Rom 3:23).

O juiz presidindo é o próprio Senhor Jesus Cristo (ler depois: João 5:22; Atos 17:31). O júri é composto da Lei de Deus e das obras do homem Rom 2:6,12. Após apropriada deliberação, um justo e imparcial veredicto de "culpado" é pronunciado Rom 3:9-20. Uma terrível sentença é então imposta -- morte espiritual, significando ser separado de Deus, para sempre, sofrendo no Lago de Fogo por toda a eternidade Rom 6:23; Apo 20:11-15. À luz de tudo isto, pode-se facilmente ver a desesperada necessidade de justificação." (Willmington).

I. Justificação é o ato judicial de Deus, pelo qual Ele declara justo todos que põem sua fé em Jesus, ficando assim isentos de culpa e condenação.

II. Justificar é Deus declarar justo o transgressor que crê em Jesus (Rm 4.3-5; 8.33). III. Justificar é mais do que perdoar, porquê:

 O perdão remove a condenação do pecado; e
 A justificação nos declara justos, isto é, como se nunca tivéssemos pecado! Que maravilha graça!
 Somente Deus pode perdoar e também justificar ao mesmo tempo. O homem jamais pode fazer isso; ele pode relativamente perdoar, mas não justificar.
 Como é possível um Deus perfeitamente justo perdoar e também justificar o ímpio, transgressor, sobrecarregar de delitos e pecados? – mediante a substituição do culpado pelo inocente. Isto é o imaculado Cordeiro de Deus nos substituiu, levando sobre si nossos pecados.
III. As verdades fundamentais da justificação pela fé em Deus:
 A origem da justificação: a graça de Deus (Rm 3.24).
 A base da justificação: o sangue de Jesus (Rm 5.9).
 O meio da justificação: a fé (Rm 5.1; 3.25).
 O testemunho da justificação: as obras (T 2.24).
 O reconhecimento da justificação:
  1. A ressurreição de Jesus (Rm 4.25).
  2. Justificação não é: o acusado ser: (1) absolvido merecidamente (ter sua inocência reconhecida), por realmente não ter nenhum pecado, por ser perfeito na qualidade de ser bom. (2) absolvido imerecidamente (declarado como inocente, sem o ser) devido à esperteza de advogado e fraqueza do juiz Rom 3:19. 3) perdoado, anistiado, receber indulto e uma 2a. chance, por juiz que não é perfeita justiça. (4) libertado sob palavra, tornar-se livre com certas restrições.
  3. Justificação é: o ato (instantâneo, completo e definitivo) JUDICIAL de Deus ao declarar que o pecador (que se arrependeu e creu em Cristo, e à conta da penalidade sobre Este como seu substituto):
  • não mais será punido;
  • será considerado como sendo JUSTO; e
  • está restaurado ao Seu favor. Estão envolvidos na justificação:
a) Remissão (perdão) dos pecados (reler, detalhadamente, "Remissão dos pecados");
b) Restauração ao favor de Deus . - O pecado não apenas trouxe o merecimento de penalidade como também afastou o favor de Deus (Joã 3:36; Rom 1:18; ler depois: Rom 5:9; Gál 2:16-17); - Justificação não é mera absolvição, ou indulto, ou liberdade condicional, pois o justificado passa a ser considerado: . Amigo de Deus 2 Cro 20:7; Tia 2:23; . Herdeiro de Deus e CO-herdeiro com Cristo Rom 8:16-17; ler depois: Gál 3:26; Heb 2:11.
c) Imputação de justiça (reler, detalhadamente, "Imputação da justiça de Cristo"). Método de justificação Rom 4:16 Portanto, é pela fé, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a posteridade, não somente à que é da lei, mas também à que é da fé que teve Abraão, o qual é pai de todos nós. Abrão foi justificado pela fé (Rom 4:1-5,9-12; Gên 15:6), 13 anos antes de ser circuncidado (ler depois: Gên 16:15-16; 17:23-26). Davi regozijou no fato da justiça imputada, sem obras Rom 4:6-8. a. Não é pelas obras da lei Se fosse possível e alguém quisesse ser justificado pelas obras da lei, teria que perseverar em todas as coisas que nela estão escritas (Gál 3:10; Tia 2:10), sem 1 só átomo de pecado em toda sua vida. Nenhum homem poderia alcançar isto! Prova:: - Pelas obras da lei nenhuma carne é justificada aos Seus olhos Rom 3:20; Gál 2:16. - A lei só serve para revelar nosso pecado Rom 3:20 (acima); Rom 7:7; - e para mover a alma (convencida de sua pecaminosidade) à mão estendida e aos termos de Deus, para se render e se refugiar em Cristo Gál 3:24. - A "obra de Deus" vem a ser "crer nAquele que Ele tem enviado" Joã 6:29. b. É pela graça de Deus Versos chave: Rom 3:24; Tit 3:7. Graça é favor completamente imerecido. A graça de Deus é o grande meio para Ele ser glorificado Efé 2:1-10. É segundo à Sua misericórdia que Deus nos salvou Tit 3:5; Efé 2:4-5 (acima).
Justificação tem sua origem no terno coração de Deus: em Suas infinitas misericórdia e graça Ele proveu para nossas inescapáveis culpa e miséria!
É pelo sangue de Cristo Versos chave: Rom 5:9; Heb 9:22.
O pecado não podia ser meramente ignorado / escusado / indultado / perdoado, mas tinha que ser punido! E o foi pelo derramamento do sangue de Cristo em nosso lugar, como nosso substituto. É somente porque Cristo tomou a punição do nosso pecado sobre Seu próprio corpo que Deus pode remir (perdoar) a penalidade e nos restaurar ao Seu favor. Provas de que Seu sangue foi eficaz e aceito e justificou o crente: - A ressurreição do Senhor Rom 4:25; 1Jo 2:2; - O dom e o testemunho de Espírito Santo dentro do crente Rom 8:16; ler depois: Gál 4:5. d. É pela fé em Cristo Versos chave: Rom 5:1; Rom 10:10. A fé em Cristo (em Sua pessoa + Sua obra, conforme tudo que a Bíblia diz sobre Ele) é o único caminho, dado por Deus, para o pecador ser justificado. "O homem não é justificado pelas obras da Lei mas pela fé em Cristo Jesus" (Gál 2:16; cf. Atos 13:38-39; ler depois: Rom 3:28; Gál 3:8,24). Números 21:5-9 (referido em Joã 3:14-16) magnificamente ilustra a salvação: Muitos israelitas pecadores foram mortalmente feridos por cobras venenosas, ... mas Deus ofereceu cura requerendo somente que a vítima afetada contemplasse, com fé, uma serpente de bronze sobre uma estaca (tipificando Cristo morrendo no madeiro em substituição ao pecador, recebendo a punição por ele).
Note: - Não há 1 átomo de mérito na fé (quem somente aceitou ser carregado das chamas, por um heróico bombeiro que morreu por isto, não tem nenhum mérito nem honra, mas sim o salvador).
Fé é somente a condição para nossa justificação, não a base meritória para ela. Fé não é o preço que compra a justificação, mas somente o meio de receber sua posse. - Não é para fé que somos justificados, mas pela fé. - Os santos do Velho Testamento foram justificados e salvos exatamente pelo mesmo Salvador e pelos mesmos meios e métodos e no mesmo grau e na mesma forma que os do Novo Testamento: a fé daqueles olhava para o futuro, para o Salvador que havia de vir; a nossa fé olha para o passado, para o Salvador que já veio (e também para o futuro, crendo todas as Suas promessas). - Fé não salva ninguém se for somente fé em fé, ou se for fé na pessoa errada, ou se for fé diferente da bíblica e num Jesus diferente do da Bíblia. - Não importa se a fé é fraca: só importa se foi depositada toda ela sobre Aquele que é o Deus Filho, depositada somente nEle.
Dois grandes exemplos de justificação a. Abraão. Ele tinha 86 anos anos depois de ter sido salvo pela fé (ler depois: Gên 16:16), 99 anos quando foi circuncidado (ler depois: Gên 17:24), portanto foi justificado independentemente (e bem mais de 13 anos antes) da circuncisão Gên 15:6; Rom 4:1-5,9-12 (vs 1-12 estão acima, em "Método"),13-25. Não há contradição entre Paulo (Rom 4:4-5, ver acima, em "Método") e Tiago (Tia 2:24) quanto à justificação de Abraão. Em Romanos, o Espírito Santo ensina que é através da fé que um homem é justificado diante de Deus; em Tiago, que é através das obras que um homem é justificado diante dos homens. Em Romanos ensina que a fé é a raiz de justificação; em Tiago, que as obras são o fruto que ela não pode deixar de produzir. A equação não é "salvação exige fé + obras", mas sim "salvação exige a fé verdadeira (aquela que transforma e produz obras), em oposição à fé falsa (que é estéril)". "Boas obras não fazem um homem ser regenerado (salvo), mas um homem regenerado faz boas obras!" (Reformadores) b. Davi. Ele foi justificado independente das ofertas levíticas Sal 32:1-2 (= Rom 4:6-8); Sal 51:16-17; .
Resultados da Justificação
a. Remissão (perdão) da culpa do pecado Atos 13:38-39; Rom 4:7 (= Sal 32:1-2, acima); 2 Cor 5:19,21; Efé 1:7; ler depois: Rom 6:23; 8:1,33-34; Efé 4:32; Col 2:13. (Ver "Remissão (Perdão)"). A condenação foi definitivamente afastada Rom 8:33-34; a paz com Deus foi definitivamente estabelecida Rom 5:1; ler depois: Efé 2:14-17.
b. Restauração ao favor divino Rom 5:1-11; 4:6 (= Sal 32:1-2, acima); ler depois: 1Cor 1:30; 2Cor 5:21. (Ver "Reconciliação")
c. Imputação da justiça de Cristo Rom 4:5; 1Cor 1:30; 2 Cor 5:21; ler depois: Mat 22:11 (as vestes de núpcias garantiam e eram necessárias para aceitação); Luc 15:22-24 (as vestes no filho pródigo); Rom 4:11. (Ver "Imputação da Justiça de Cristo"). O crente está agora vestido na justiça de Cristo e aceito na comunhão com Deus.
d. Herança Tit 3:7; ler depois: 1Pe 1:3-4; Rom 8:17; (ver "Adoção").
e. Viver transformado, em justiça Fp 1:11; ler depois: 1 João 3:7. Tia 2:14-16 enfatiza a necessidade de um fé viva, i.é a indispensabilidade da fé ser verdadeira (fé que transforma e produz obras) em oposição à fé falsa ("pseudo-fé", estéril).
f. Confiança de que está definitivamente salvo da vindoura ira de Deus Rom 5:9; 1Te 1:10.
g. Definitiva confiança de que será glorificado Mat 13:43; Rom 8:30; Gál 5:5.
Concluindo: o homem justifica somente o inocente, mas Deus somente o culpado. O homem se justifica na base do auto-merecimento, mas Deus na base do mérito do Salvador.Demos toda a glória à Trindade, exclusivamente a ela! Exultemos! Adoremos a Deus.

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