quarta-feira, 1 de outubro de 2008

14 - Doutrina da Santificação

Dia 30 de setembro, inicio do Ensino Bíblico no culto da Assembleia de Deus Ministerio do Belem em Los Angeles
14 - Doutrina da Santificação Bíblica
Esta doutrina encontra-se no contexto das Doutrinas da Salvação e se refere a ''Mudança de Obras''.


O Pr Eliel A Soares ministrou na 11ª ESCOLA BÍBLICA do Ministério do Belem na Florida em 2008 sob o

Tema: Santificação - A Marca que identifica a Igreja com o caracter de Deus

INTRODUÇÃO

Identidade é o conjunto de caracteres próprio de uma pessoa que a individualiza e identifica; ou as características de um grupo que os destaca dos demais. Psicologicamente ou sociologicamente pode significar papel que se adota ou desempenha. Podemos exemplificar isto através da figura do Pai numa família. E da família ou dos Cristãos na sociedade. Ou da Igreja perante o mundo e sua nação.
A identidade ou papel traz elementos e características como capacidade ou competência, que devem ser aplicados e ou desenvolvidos. E com essas capacidades e que somos destacados ou reconhecidos, isto é, identificados. São, portanto, as capacidades que temos e recebemos, que nos diferencia ou identifica. Biblicamente são dons de Deus, bênçãos e a capcitação dos nossos relacionamentos, instrumentos para desempenharmos nosso papel como cristãos e como Igreja.
As grande bençãos acompanham responsabilidades e as grandes capacidades requerem grandes atitudes.
A nossa identificação como Igreja Crista exige de nós o desempenho de um grande papel, responsabilidades e atitudes ( as marcas da identificação da Igreja com o carater de Deus).
Muitos olham para nós e vêem beleza, grandeza e capacidade, e eu creio que isto é verdade, e é acima de tudo ação da graça e misericórdia de Deus. Creio, portanto, que é uma bênção de Deus.
Toda bênção de Deus traz responsabilidade. Josué não foi identificado como líder e recebeu o papel de substituir Moisés para seu bel prazer. O povo não foi preservado e conduzido no deserto para gozarem simplesmente da nova terra. Estavam ali porque havia uma missão dada ao pai Abraão "em ti serão benditas todas as famílias da terra... sê tu uma bênção". Havia uma identidade que os particularizava eles eram os filhos de Abraão, e portanto havia um papel a desempenhar, uma missão a cumprir. Havia um grande bônus e um grande ônus.
Uma grande aliança, um grande passado, e uma grande missão era o que identificava aquele povo, e portanto exigia um grande papel. Uma grande aliança, um grande passado, e uma grande missão é o que nos identifica, e portanto exige de nós um grande papel. Porém podemos ter um grande passado e missão, fundados numa grande aliança, mas se não encararmos os desafios que estes apresentam e vencermos os medos, assumindo nossas responsabilidade e papeis de nada ou sem significado será nosso presente e nosso futuro. E quanto a assunção de nossa identidade, falo não apenas a Igreja, mas aos pais, filhos, servos cristãos e qualquer outro papel que Deus nos concedeu.
O Homem foi criado por Deus para a santidade.
Cremos que o ser humano foi criado em santidade, à imagem espiritual de Deus e sob a Sua lei, para ser igual a Ele em caráter. Porém, caiu desse estado santo e feliz, por transgressão voluntária, em conseqüência da qual toda a humanidade tornou-se pecadora por pensamentos, palavras e ações. Assim a humanidade encontra-se totalmente depravada, radicalmente corrupta e distanciada de Deus, e que fora da graça de Deus, está perdida e no caminho para a separação eterna de Deus no lago de fogo.
Veja: Gn. 1:26-27; Gn. 3;3; Sl. 8:3-6; Is. 53:6a; Is. 59:1-2; Rm. 3:9,19-20,23; Rm. 5:12-21; Rm. 6:23; Ef. 2:1-3.

A Natureza do Caráter Cristão.
Leitura Bíblica em Classe: Ef 4.17-24.
Esboço:
Introdução
I. O caráter humano II. O caráter doentio III. Como preservar o verdadeiro caráter cristão

Palavras-chave: Caráter; Temperamento; Personalidade; Vontade de Deus.

AS TRÊS DIMENSÕES DO CARÁTER CRISTÃO

Caráter, sua dimensão etimológica

O termo "caráter" procede do grego "charaktēr" e significa literalmente "estampa", "impressão", "gravação", "sinal", "marca" ou "reprodução exata". O vocábulo português encontra-se na Almeida Revista e Atualizada (ARA), nos texto de Mt 10.41 e Fp 2.22. Porém não traduz o original "charaktēr", mas o grego "onoma" (nome) nas duas ocorrências mateanas e "dokimē" (qualidade de ser aprovado) em Filipenses. A tradução Almeida Revista e Corrigida (ARC) verte a palavra na perícope de Mateus por "qualidade de profeta" e "qualidade de justo". A Nova Versão Internacional (NVI), traduz por "porque ele é profeta", "porque ele é justo".
Não há qualquer contradição nas traduções, uma vez que o substantivo "onoma" permite qualquer uma dessas versões. Em o Novo Testamento, "onoma" significa "pessoas" em Ap 3.4, "reputação" em Mc 6.14 e possivelmente "caráter" em Mat 6.9. O nome (onoma) no contexto hebreu corresponde "as qualidades de uma pessoa". Logo, a tradução de "onoma" refere-se à natureza ou categoria do trabalho realizado pelo discípulo de Cristo, e, não necessariamente ao "caráter", como virtude moral. Já o vocábulo "dokimē", traduzido por "caráter" (ARA), "experiência" (ARC) e "aprovado" (NVI), possui o mesmo sentido de Rm 16.10, isto é, "testado e aprovado". O termo, nesse contexto, sanciona a qualidade moral e a experiência dos personagens envolvidos – Apeles e Timóteo foram testados e aprovados como bons obreiros de Cristo. Literalmente o termo significa "a qualidade de ser aprovado". Essa aprovação somente é ratificada depois que o "caráter" foi minuciosamente testado.
A única ocorrência da palavra "charaktēr" em seu sentido verbal e imediato encontra-se em Hebreus 1.3. No exórdio epistolar, o literato afirma que nosso Senhor Jesus Cristo é "a expressa imagem" da pessoa de Deus. Ele é o "charaktēr" – a "estampa", a "gravação" ou "reprodução exata" – da "hypóstasis" ("substância", "essência" ou "natureza") do próprio Deus.
Um outro termo grego usado para definir o substantivo “caráter” é “ēthos” (hvqoj). Porém, algumas explicações são necessárias. A ética filosófica costuma distinguir entre ēthos e ethos. A diferença está na vogal longa “ē” (ē – thos) que, infelizmente, não possui corresponde em língua portuguesa. Quando os gregos falavam em ethos, com vogal breve, referiam-se à “ética” (ethiké), em latim, mores, isto é, moral. O termo aludia aos costumes sociais que eram considerados valores necessários à conduta do cidadão na pólis (cidade). Todavia, empregavam “ēthos” (hvqoj) quando desejam descrever o caráter e o conjunto psicofisiológico de uma pessoa. Por extensão, “ēthos” se refere às características peculiares de cada pessoa. Esses traços individuais determinavam as virtudes e os vícios que um cidadão da pólis era capaz de levar a efeito. Essas peculiaridades são explicitamente resgistradas por Aristóteles em Ética a Nicômaco. O termo ethos diz respeito aos costumes sociais (At 6.14; 25.16), mas ēthos ao senso de moralidade e à consciência ética de cada pessoa (1 Co 15.33). Os costumes (ethos) designam os valores éticos ou morais da sociedade, enquanto ēthos às disposições do caráter diante de tais valores. No entanto, enquanto na filosofia aristotélica a virtude definia a relação do sujeito com a pólis, no Cristianismo, define, primeiramente, a relação do homem com Deus e, somente depois com os homens. Daí as duas principais virtudes do Cristianismo serem a fé e o amor.
Como observamos, o caráter é a "marca" pessoal de uma pessoa. O "sinal" que a distingue dos outros e pela qual o indivíduo define o seu estilo, a sua maneira de ser, de sentir e de reagir. Também pode ser definido como o conjunto das qualidades boas ou más de um indivíduo que determina-lhe a conduta em relação a Deus, a si mesmo e ao próximo. O caráter, por conseguinte, não apenas define quem o homem é, mas também descreve o estado moral do homem (Pv 11.17; 12.2; 14.14; 20.27).

Caráter, sua dimensão distintiva

O caráter é distinto do temperamento e da personalidade, embora esteja relacionado a eles. O temperamento refere-se ao estado de humor e às reações emocionais de uma pessoa – o modo de ser. A personalidade envolve a emoção, vontade e inteligência de uma pessoa – aquilo que o individuo é. O caráter, influenciado pelo temperamento e personalidade, é o conjunto das qualidades boas ou más de um indivíduo que lhe determina a conduta – como a pessoa age. Observe, porém, que uma das características que compõe o ser humano é imutável, inata (temperamento), outra é o desenvolvimento geral dos traços personalógicos do sujeito em determinado momento (personalidade). O caráter, por sua vez, embora intrinsecamente relacionado ao desenvolvimento da personalidade, forma-se em paralelo a ela. Assim como o desenvolvimento físico de uma criança nos primeiros anos é paralelo ao desenvolvimento mental, o caráter é formado à medida que a personalidade vai sendo construída.


Portanto, o caráter é a forma mais externa e visível da personalidade. Segundo Aristóteles, a disposição moral (caráter) é adquirida ou formada no indivíduo pela prática. Afirma um antigo provérbio que ao “semear um hábito, o indivíduo colhe um caráter”. O caráter, segundo a sabedoria dos antigos, é o resultado de um hábito interiorizado, aprendido através do exercício contínuo das virtudes ou dos vícios. Não deve ser confundido com as paixões (ira, desejos, ódio), muito menos com as faculdades (razão, emoção e vontade), pois essas categorias são naturais, próprias do ser.[1][1] Consequentemente, a experiência é o palco no qual o caráter age. De acordo com Schopenhauer essa é uma das razões pela qual o caráter é empírico, pois somente com a experiência é que se pode chegar ao seu conhecimento, não apenas no que é nos outros, mas tal qual é em nós mesmos. Afirma o filósofo alemão que “quem praticou determinado ato, tornará a praticá-lo assim que se apresentem circunstâncias idênticas, tanto no bem como no mal”. [2][2]
Assim sendo, a personalidade determina a forma como o indivíduo se ajusta ao ambiente, mas o caráter o modo como a pessoa age e reage nesse contexto social.
Já o temperamento, segundo a definição histórica dos helênicos, designa o “tempero sangüíneo” do organismo. Os sábios da Hélade sabiam muito bem que o temperamento é profundamente influenciado pela composição bioquímica do sangue, pela hereditariedade, constituição física e pelo sistema nervoso. Por ser biológico, hereditário e internalizado no indivíduo pode ser controlado, mas jamais mutável. O caráter, no entanto, é o “sinal psíquico” do indivíduo, que determina-lhe a conduta. Porém, é desenvolvido, educável e mutável.
Mediante o temperamento, a personalidade e o caráter, o indivíduo afirma sua autonomia; passa a ter consciência de si mesmo como ser humano e também que tipo de pessoa é. Essa descoberta existencial é um processo contínuo.

Caráter, sua dimensão antropo-teológica

Deus criou o homem em duas fases distintas. Na primeira o Eterno forma (hb. asah) a parte somática, corporal e visível do homem, a partir do “pó da terra” (Gn 2.7a). Esse primeiro estágio é chamado de criação mediata ou formativa. Na segunda fase Deus cria (hb. bara) o homem à sua imagem e semelhança (Gn 1.26,27; 2.7b). Essa imagem entende-se por moral e natural. A natural diz respeito àquilo que o homem é: ser racional (intelecto), emocional e volitivo (vontade). A moral relaciona-se à constituição do caráter, da moral e da ética. Diz respeito à constituição moral do homem, suas disposições intrínsecas que inclui o caráter e a qualidade deste: justo e santo. Antes da Queda, o homem era perfeito em santidade, retidão e justiça. Essas qualidades não procediam do próprio homem, mas eram reflexos dos atributos morais e imanentes do Senhor. Os atributo morais de Deus refletiam-se na constituição do sujeito (Ef 4.24; Lv 20.7; 1 Jo 2.29; 3.2,3). Porém, após a Queda, a natureza moral do homem foi corrompida pelo pecado (Rm 1.18-32; 3.23). Em lugar da justiça, o seu antagônico; em vez da santidade o seu oposto; em oposição à virtude o vezo (Gl 5.19-22). Somente a obra salvífica de nosso Senhor Jesus Cristo, mediante a ministração do Espírito Santo, é capaz de revestir o homem de uma nova natureza, criada segundo Deus, “em justiça e retidão procedentes da verdade” (Ef 4.24; 1 Co 1.30). É o Espírito Santo que transforma o pecador à semelhança da natureza e do caráter de Cristo (2 Co 3.18; 2 Pe 1.3-7).
Portanto, para que você se torne o homem ou a mulher que Deus deseja é necessário que o seu temperamento, personalidade e caráter se tornem subservientes dos projetos de Deus para a tua vida. Até que Deus prevaleça sobre nossas vidas (2 Co 2.14), alguns precisam ser jogados numa cisterna, como José (Gn 37.20); outros, ser alimentado por corvos, como Elias (1 Rs 17.6); e, alguns, apresentar sua língua aos serafins, como fez Isaías (Is 6.6,7).
O caminho que Deus escolhe para forjar o caráter de seus cooperadores algumas vezes é íngreme e inóspto. Mas, quando eles saem da fornalha, é perceptível até mesmo para os pagãos que eles andaram com o quarto Homem na fornalha (Dn 3.25-27). Deus jamais chamou alguém para uma grande missão sem que esse escolhido passasse por uma profunda transformação moral.
Se desejares que o Deus de José, Elias e Isaías realize em você o mesmo que fez com eles, coloque o seu caráter no altar do Espírito; apresente a sua personalidade Àquele que a todos transforma segundo a imagem de Cristo. Só assim serás a pessoa que Deus deseja que você seja.

Esdras Costa Bentho
Redator do Setor de Educação Cristã e autor das obras Hermenêutica Fácil e Descomplicada e A Família no Antigo Testamento: História e Sociologia, ambos publicados pela CPAD


Um comentário:

  1. a paz pastor gostaria de receber do sr alguns sermoes de cunho doutrinarios juntamente com aquele sermao as tranças de sanção ficaria muito grato.
    comgrego em catu com o seu irmão eliud meu email adailsondias@hotmail.com

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