terça-feira, 24 de abril de 2012

Dr Dráuzio, o Ateu e Pregação na TV

Samuel Couto Junior


Dr. Dráuzio Varella revela ser ateu e pede respeito: “Fui educado para respeitar as crenças de todos, por mais bizarras que pareçam”. Leia na íntegra
Posted: 23 Apr 2012 07:21 PM PDT
O doutor e escritor Dráuzio Varella, conhecido nacionalmente por suas campanhas de saúde pela prevenção a doenças, revelou ser ateu e afirmou em um artigo escrito para o jornal Folha de S. Paulo que “o fervor religioso é uma arma assustadora, sempre disposta a disparar contra os que pensam de modo diverso”. Para Varella, na visão das pessoas religiosas, “os ateus são desprezíveis, desprovidos de princípios morais, materialistas, incapazes de um gesto de compaixão, preconceito que explica por que tantos fingem crer no que julgam absurdo”. Dráuzio Varella afirma que foi educado para ser compreensivo com as crenças alheias, mesmo que não fizessem sentido para ele: “Fui educado para respeitar as crenças de todos, por mais bizarras que a mim pareçam. Se a religião ajuda uma pessoa a enfrentar suas contradições existenciais, seja bem-vinda, desde que não a torne intolerante, autoritária ou violenta”. O médico argumenta que as pessoas de fé também são ateias em relação à uma crença diferente da sua. “Os religiosos que têm dificuldade para entender como alguém pode discordar de sua cosmovisão devem pensar que eles também são ateus quando confrontados com crenças alheias”, e critica o critério da sociedade em relação aos ateus: “Os pastores milagreiros da TV que tomam dinheiro dos pobres são tolerados porque o fazem em nome de Cristo. O menino que explode com a bomba no supermercado desperta admiração entre seus pares porque obedeceria aos desígnios do Profeta. Fossem ateus, seriam considerados mensageiros de Satanás”, pontua. O doutor explica em seu artigo que a postura de um ateu frente à fé não é oposição, simplesmente: “Não se trata de opção ideológica: o ateu não acredita simplesmente porque não consegue. O mesmo mecanismo intelectual que leva alguém a crer leva outro a desacreditar”. Confira abaixo a íntegra do artigo: A humanidade inteira segue uma religião ou crê em algum ser ou fenômeno transcendental que dê sentido à existência. Os que não sentem necessidade de teorias para explicar a que viemos e para onde iremos são tão poucos que parecem extraterrestres. Dono de um cérebro com capacidade de processamento de dados incomparável na escala animal, ao que tudo indica só o homem faz conjecturas sobre o destino depois da morte. A possibilidade de que a última batida do coração decrete o fim do espetáculo é aterradora. Do medo e do inconformismo gerado por ela, nasce a tendência a acreditar que somos eternos, caso único entre os seres vivos. Todos os povos que deixaram registros manifestaram a crença de que sobreviveriam à decomposição de seus corpos. Para atender esse desejo, o imaginário humano criou uma infinidade de deuses e paraísos celestiais. Jamais faltaram, entretanto, mulheres e homens avessos a interferências mágicas em assuntos terrenos. Perseguidos e assassinados no passado, para eles a vida eterna não faz sentido. Não se trata de opção ideológica: o ateu não acredita simplesmente porque não consegue. O mesmo mecanismo intelectual que leva alguém a crer leva outro a desacreditar. Os religiosos que têm dificuldade para entender como alguém pode discordar de sua cosmovisão devem pensar que eles também são ateus quando confrontados com crenças alheias. Que sentido tem para um protestante a reverência que o hindu faz diante da estátua de uma vaca dourada? Ou a oração do muçulmano voltado para Meca? Ou o espírita que afirma ser a reencarnação de Alexandre, o Grande? Para hindus, muçulmanos e espíritas esse cristão não seria ateu? Na realidade, a religião do próximo não passa de um amontoado de falsidades e superstições. Não é o que pensa o evangélico na encruzilhada quando vê as velas e o galo preto? Ou o judeu quando encontra um católico ajoelhado aos pés da virgem imaculada que teria dado à luz ao filho do Senhor? Ou o politeísta ao ouvir que não há milhares, mas um único Deus? Quantas tragédias foram desencadeadas pela intolerância dos que não admitem princípios religiosos diferentes dos seus? Quantos acusados de hereges ou infiéis perderam a vida? O ateu desperta a ira dos fanáticos, porque aceitá-lo como ser pensante obriga-os a questionar suas próprias convicções. Não é outra a razão que os fez apropriar-se indevidamente das melhores qualidades humanas e atribuir as demais às tentações do Diabo. Generosidade, solidariedade, compaixão e amor ao próximo constituem reserva de mercado dos tementes a Deus, embora em nome Dele sejam cometidas as piores atrocidades. Os pastores milagreiros da TV que tomam dinheiro dos pobres são tolerados porque o fazem em nome de Cristo. O menino que explode com a bomba no supermercado desperta admiração entre seus pares porque obedeceria aos desígnios do Profeta. Fossem ateus, seriam considerados mensageiros de Satanás. Ajudamos um estranho caído na rua, damos gorjetas em restaurantes aos quais nunca voltaremos e fazemos doações para crianças desconhecidas, não para agradar a Deus, mas porque cooperação mútua e altruísmo recíproco fazem parte do repertório comportamental não apenas do homem, mas de gorilas, hienas, leoas, formigas e muitos outros, como demonstraram os etologistas. O fervor religioso é uma arma assustadora, sempre disposta a disparar contra os que pensam de modo diverso. Em vez de unir, ele divide a sociedade -quando não semeia o ódio que leva às perseguições e aos massacres. Para o crente, os ateus são desprezíveis, desprovidos de princípios morais, materialistas, incapazes de um gesto de compaixão, preconceito que explica por que tantos fingem crer no que julgam absurdo. Fui educado para respeitar as crenças de todos, por mais bizarras que a mim pareçam. Se a religião ajuda uma pessoa a enfrentar suas contradições existenciais, seja bem-vinda, desde que não a torne intolerante, autoritária ou violenta. Quanto aos religiosos, leitor, não os considero iluminados nem crédulos, superiores ou inferiores, os anos me ensinaram a julgar os homens por suas ações, não pelas convicções que apregoam.
43 horas semanais com programação de igrejas evangélicas na Band rendem R$ 276 milhões à emissora anualmente
Posted: 23 Apr 2012 07:18 PM PDT
A programação evangélica na Band alcançará 43 horas semanais a partir de Maio, quando o novo programa do pastor Silas Malafaia entrar no ar. O “Fala Malafaia” fará parte também de uma estatística financeira da emissora. De acordo com Lauro Jardim, colunista da revista Veja, o canal sediado no bairro do Morumbi em São Paulo, fatura mensalmente R$ 23 milhões com os programas evangélicos veiculados na emissora. Segundo os dados levantados pela coluna Radar On Line, a partir do próximo mês as igrejas evangélicas passariam a ser responsáveis por aproximadamente um terço do faturamento da Band, somando R$ 276 milhões anuais. A Band transmite atualmente programas da Igreja Internacional da Graça de Deus, do missionário R. R. Soares, e da Igreja Mundial do Poder de Deus, do apóstolo Valdemiro Santiago, além do programa Vitória em Cristo e da nova atração do líder da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, o “Fala Malafaia”. O Canal 21, emissora pertencente ao Grupo Bandeirantes, foi arrendada por Valdemiro Santiago para transmitir a programação da Igreja Mundial 24 horas por dia. O valor do acordo não faria parte das cifras reveladas acima.

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