AS SETE PALAVRAS CHAVES
DE MINHA OFERTA
Virtudes essenciais da verdadeira liberalidade
Marcos Antonio da Silva
Dedicatória
Ao caro
pastor e amigo Silas Malafaia, meu maior
exemplo de semeador no Reino.
À minha querida
esposa Elienai, ofertante fiel que por
amar a Deus, contribue sempre com alegria.
Dedico esta
pequena obra.
O autor
1 HONRA
A oferta que Deus aceita tem a marca
da Honra
“Honra ao Senhor com a tua fazenda, e com as primícias de toda a tua
renda. E se encherão os teus celeiros abundantemente, e transbordarão de mosto os teus lagares.” (Pv 3:9,10)
O
verbo “honrar” reveste-se de preciosos significados. Honrar significa
reverenciar, venerar, distinguir, enobrecer, dignificar, enfim, atribuir honra.
Se
estas verdades não estiverem em nosso ato de dar ao Senhor, nossa oferta não
honra a Deus. Mas, se com amor e
sabedoria, o que entregamos tiver a
marca da honra; sem dúvida, agradaremos
ao Senhor.
Honrar
ao Senhor, significa dar o nosso melhor.
E, isto vale dizer, que o ofertante mais pobre financeiramente, recebe a
aceitação de Deus, quando o seu melhor
(que independe do valor monetário) é revestido de honra.
1.
A
viúva pobre descrita no Evangelho, nos ensina a honrarmos a Deus:
“E, estando
Jesus assentado defronte da Arca do tesouro, observava a maneira como a
multidão lançava o dinheiro na arca do tesouro; e muitos ricos depositavam muito.
Vindo,
porém, uma pobre viúva, depositou duas pequenas moedas, que valiam cinco réis.
E, chamando
os seus discípulos disse-lhes: Em
verdade vos digo que esta pobre viúva depositou mais do que todos os que
depositaram na arca do tesouro.
Porque todos
ali depositaram do que lhes sobejava,
mas esta, da sua pobreza,
depositou tudo o que tinha, todo
o seu sustento.” (Mc
12:41-44)
Preciosas lições
encontramos neste texto bíblico:
1.1
Que
Jesus observa a cada ofertante:
Ele sonda nossos corações e sabe qual a verdadeira
motivação do nosso ofertar:
“E, estando Jesus assentado defronte da Arca
do tesouro, observava a maneira como a multidão lançava o dinheiro na arca do
tesouro...”
Voce sabia que antes de Jesus julgar nossos atos, ele julga
as motivações destes atos? Antes do Senhor pesar em sua precisa balança,
nossos atos; Ele pesa antes os
verdadeiros motivos destes atos.
Cantar para Ele é algo importante; mas o Senhor julga o que nos leva a
cantar. Pregar é nossa missão
maior; mas, a despeito do pregador ser
um eximio orador, o Senhor não julga os valiosos talentos do mesmo, mas, julga
a verdadeira motivação que o leva a pregar. De igual modo no caso da contribuição
cristã; é admirável alguém que se dispõe
a ofertar para a Obra de Deus; mas,
jamais devemos nos esquecer que Jesus continua junto ao gazofilácio, e com seus
olhos como chamas de fogo, está olhando para nós e sondando os verdadeiros
motivos que cada um de nós oferta ou dizima.
1.2 Que o sentimento de honra do ofertante é que faz a diferença:
“ ... e
muitos ricos depositavam muito. Vindo,
porém, uma pobre viúva, depositou duas pequenas moedas, que valiam cinco réis.”
Certa vez quando fui ministrar a Palavra de Deus na
cidade de Hartford, Estados Unidos; e no
final do culto um querido irmão me sensibilizou sobremaneira. Disse-me que Deus lhe tocara para me dar
cincoenta dólares. Talvez, alguém
diria: Como ficar sensibilizado com uma
quantia pequena de cincoenta dólares?
Confesso que lágrimas vieram a minha face e que meu coração foi profundamente
tocado, não pelo valor monetário da oferta;
mas pelo valor da honra com que foi dada.
Fiquei sabendo que aquele irmão, trabalhava em serviço
pesado, e ganhava dez dólares por hora.
Ao voltar para casa, disse em oração para o Senhor: Senhor, este meu irmão deu-me esta oferta, que
representa cinco horas de muito trabalho, e trabalho pesado. Recompensa teu filho com muitas bençãos! Teu servo, alegrou-me, porque sinto nesta
oferta as marcas da excelencia, do amor e da honra !
Muitos anos atrás, logo no início de meu ministério,
fui pregar a Palavra de Deus em uma pequena cidade interiorana. Com pouquissimos recursos, mas com o coração
cheio de amor, aquela igreja recebeu-me
com grande carinho e amabilidade.
Jesus, naquele culto, salvou diversas vidas, curou
enfermos e renovou seu povo de forma maravilhosa. Ao término do trabalho, o pastor me disse:
-
Pastor, como o irmão sabe, aqui lutamos
com muita dificuldade. E, nós não temos
condição alguma de lhe dar uma boa oferta.
Mas, o irmão não vai sair daqui de mãos vazias.
Em seguida, sem perder tempo, foi até o galinheiro de
sua casa, e me trouxe de oferta, tres galinhas vivas. Amarrou-as pelos pés, e colocou-as no meu
carro no banco traseiro.
Por mais simples que possa ter sido tal gesto; pude ser tocado no coração, profundamente
pelo sentimento de honra do coração daquele querido pastor. Fez naquele dia o que pode por mim; porque da profunda pobreza, abençoou meu
ministério com riquezas de sua generosidade.
1.3 Que Jesus mede o valor de nossa oferta pelo valor da honra com que ofertamos:
“E, chamando
os seus discípulos disse-lhes: Em
verdade vos digo que esta pobre viúva depositou mais do que todos os que
depositaram na arca do tesouro.
Porque todos
ali depositaram do que lhes sobejava,
mas esta, da sua pobreza,
depositou tudo o que tinha, todo
o seu sustento.”
Este texto nos revela com muita clareza, que a honra
mostra sua cara na nobreza. E, que nem
sempre o que se apresenta com as pompas da grandeza traz consigo a nobreza. Jesus nos ensina que na grandeza da oferta
daqueles ricos e poderosos, que depositavam sua oferta, Ele não encontrou nem honra, nem nobreza. Mas, naquelas duas pequenas moedas trazidas
por aquela pobre viúva, o Senhor viu um coração sincero, cujo desejo era
expressar amor e honra ao Senhor e a sua Casa.
É interessante lembrar, que enquanto a multidão e os
ricos fazem seus depósitos no gazofilácio,
Jesus permanece silente. Mas, de
repente, chama a atenção de seus discípulos para a viúva e sua oferta, como dizendo: “Esta
sabe como honrar a Deus!”
2. Vejamos alguns tipos de ofertas que
não honram a Deus:
2.1
A
oferta com espírito de barganha não honra a Deus
Neste tipo de
oferta, o ofertante não visa o Senhor e sua Obra, mas unicamente a si próprio. Tal ofertante vive na perspectiva do “toma lá, da cá”. Toda oferta com este propósito não honra a
Deus.
Ana é um
exemplo de quem servia a Deus por fé e amor, e jamais pelo espírito de
barganha.
Primeiro: Ana faz um pedido a
Deus
“E votou um voto, dizendo: Senhor
dos Exércitos! Se benignamente
atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva te
não esqueceres, mas a tua serva deres um filho varão...”(1
Sm 1:11)
Segundo: Ana
recebe o que pediu
“E
sucedeu que, passado algum tempo, Ana
concebeu, e teve um filho, e chamou o seu nome
Samuel, porque dizia ela, o tenho
pedido ao Senhor.” (1 Sm 1:20)
Terceiro: Depois de receber o
que pediu, devolve a Deus o que foi pedido
“Por este menino orava eu; e o Senhor
me concedeu a minha petição que eu lhe tinha pedido. Pelo que também ao Senhor eu o
entreguei, por todos os dias que
viver; pois ao Senhor foi pedido. E ele adorou ali ao Senhor “
(1 Sm 1:27,28).
Ana nos
ensina, que nós podemos honrar a Deus,
quando assim o fazemos. Muitos não
recebem maiores bençãos porque falham neste ponto: Pedem a Deus, o que depois
não querem devolver para Ele.
Nunca peça
para Deus, aquilo que voce não poderá lhe devolver. Todos aqueles que pedem, e depois de receberem,
devolvem para Deus o que foi pedido; tal
atitude tem a marca da honra.
Que lindas e
significativas, são as palavras de Daví
a respeito em 1 Cronicas 29:14 “Porque quem sou eu, e quem é o meu povo,
que tivéssemos poder para tão voluntariamente dar semelhantes coisas ?
Porque tudo vem de Ti, e da tua mão to damos.”
2.2
Oferta
como esmola não honra a Deus
Há cristãos
que são reprovados no ato de ofertar, porque o fazem como quem dá uma esmola.
É oportuno
destacar a seguinte ilustração contada pelo caro amigo, pastor Edi Marcos
Vinagre de Lima em uma de suas ministrações sobre Liberalidade Cristã:
“O crente passa pelo centro da cidade, e ve um deficiente pedindo um
trocado, então se comove, abre a
carteira e lhe dá uma moeda. Pára no
farol, um menino bate no vidro do carro
e lhe pede um trocado, ele novamente se comove, e dá uma moedinha.
Quando chega ao templo para o culto,
canta, glorifica, e até fala em línguas e recebe bençãos. Mas, quando chega o momento de
ofertar, se “comove novamente”, abre a carteira o oferece
ao Senhor Deus, a mesma moedinha que deu ao deficiente e ao menino do farol.
Em outras palavras, tanto o deficiente como o menino do farol,
representam para este crente o mesmo valor – a mesma importancia que Deus e sua
Obra. Esta falta de consciencia tem
levado muitos crentes a uma vida de miséria,
pois, quando ofertam, trazem
somente o resto. Quando abrem a
carteira ou a bolsa no culto, procuram
entre as melhores notas, as famosas
moedinhas.
Natanael
Passos, um querido amigo do coração, não oferta ou dizima se as notas estiverem
velhas e danificadas. No ato precioso de
ofertar, Natanael é regido pelo
principio da honra segundo a Palavra de Deus em Proverbios 3:9,10 “Honra
ao Senhor com a tua fazenda, e com as primícias de toda a tua renda. E se encherão os teus celeiros abundantemente, e transbordarão de mosto os teus lagares.”
2.3
Oferta
movida por sentimentos não honra a Deus
Por certo
voce já ouviu algum crente que diz: “Eu
só oferto quando eu sinto” , “se eu
sentir eu dou” “enquanto eu não sentir, eu não oferto”.
Esta postura,
além de não ter respaldo bíblico, demostra a verdade inconteste de que nossos
sentimentos são instáveis, momentaneos e
por vezes, eles nos enganam. “Enganoso é o coração do homem, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá ?” (Jr 17:9).
Observemos o
texto de 1 Coríntios 16:2
“No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte o que puder
ajuntar, conforme a sua prosperidade...”
Primeira lição:
Que a oferta baseia-se no caráter individual
“cada um de vós” (1 Co 16:2)
Notemos
Deuteronomio 16:17, que fala desta verdade:
“Cada qual, conforme o dom da sua
mão, conforme a benção que o Senhor, teu
Deus, te tiver dado.”
Segunda lição:
Que a oferta deve ter caráter prioritário
“cada um de vós ponha de parte” (1 Co
16:2).
Isto
significa, que devo chegar no culto já com minha oferta separada para o Senhor.
No Antigo
Testamento, o Senhor ordenava ao povo de Israel, nunca vir para o culto de mãos
vazias: “...ninguém apareça de mãos vazias perante mim.” (Ex 23:15).
Certa vez
estava em uma igreja para pregar a Palavra de Deus, e no importante momento das ofertas, o pastor presidente daquela igreja, se
desculpou ao diácono, dizendo:
- Eu esqueci a minha carteira no outro paletó...
Um pastor que
estava mais atrás disse:
- Essa é velha !...
Pelo silencio
que fez e pela rosto rubicundo que ficou, concluí, que isto ele fazia
frequentemente; raramente trazia sua
oferta ao Senhor. Penso até hoje,
como deve estar aquela igreja? Porque se
o próprio pastor não honra a Deus na contribuição, o que se espera da igreja ?
Terceira lição:
Que a oferta deve estar vinculada ao caráter da proporcionalidade de
nossos rendimentos:
“cada um de vós ponha de parte o que puder
ajuntar, conforme a sua prosperidade...” (1 Co 16:2)
Notemos que a
Palavra de Deus não diz: “cada um ponha
de parte o que sentir, conforme o seu sentimento” (por certo muitos crentes avarentos, gostariam
que assim estivesse escrito).
O que a
Bíblia nos ensina, é que a contribuição cristã deve ser metódica e regular. Como
bem escreveu o Pastor Josué de Oliveira, em seu livro “O Dízimo”:
“Note-se bem a primeira parte do texto sagrado de 1 Coríntios 16:2, que no primeiro dia da semana, cada membro da
igreja em Corinto, deveria dispor a parte o que pudesse ajuntar, conforme a sua
renda.
Como se pode ver, de acordo com os preceitos do Novo Testamento, a
contribuição, além de ser voluntária, tem de ser metódica. Os que defendem a “voluntariedade da
contribuição a seu modo”, nem sempre são metódicos.
As suas contribuições, via de regra,
são avulsas e desorganizadas.”
Paulo avisa
por carta os crentes de Corinto, que colocassem sua contribuição para o
primeiro dia da semana (Ele estava ensinando aqueles crentes que nossa
contribuição deve ter regularidade).
Imaginem se aqueles crentes dissessem:
“Paulo, lamentamos te informar que
só traremos nossas ofertas e dízimos, quanto sentirmos; por enquanto, ainda não sentimos...”. Que caos financeiro entraria aquela igreja.
Meus irmãos,
tenhamos sempre em mente as necessidades diárias e mensais da igreja local onde
servimos ao Senhor. As Companhias de Luz , água e telefone, não enviam para a igreja as contas, quando
seus diretores sentem mandar. Chegou o dia do vencimento, deve-se enviar o
pagamento, ou ficar sem estes serviços.
Assim, como tantos outros inúmeros gastos (sustento de obreiros e
missionários, construção de templos,
programas de rádio e tv, impressão de literaturas bíblicas, obras sociais,
etc.)
Imaginem um
pastor que dirige uma igreja, que só contribue quando seus membros “sentem”. Por certo, em pouco tempo esta igreja
fechará suas portas.
Oferta não é
sentimento, deve ser metódica, e com regularidade
e responsabilidade.
2.4
Oferta
defeituosa não honra a Deus
O
Senhor foi desonrado nas ofertas do povo, nos dias do profeta Malaquias, porque
traziam ao altar da Casa de Deus, ofertas defeituosas, quando podiam trazer o
melhor para Deus.
“Ofereceis sobre o meu altar pão
imundo e dizeis: Em que te havemos
profanado? Nisto, que dizeis: A mesa do Senhor é desprezível.
Porque quando trazeis animal cego
para o sacrificardes, não faz mal! E,
quando ofereceis o coxo ou o enfermo,
não faz mal! Ora, apresenta-o
ao teu príncipe; terá ele agrado de
ti? Ou aceitará ele a tua pessoa? – diz
o Senhor dos Exércitos.
Agora, pois, suplicai o favor de
Deus, e ele terá piedade de nós; isto
veio da vossa mão; aceitará ele a vossa
pessoa? – diz o Senhor dos Exércitos.
Quem há também entre vós que feche as
portas e não acenda debalde o fogo do meu altar? Eu não tenho prazer em vós , diz o Senhor dos Exércitos, nem aceitarei da vossa mão a oblação.
Desde o nascente do sol até ao
poente, será grande entre as nações o
meu Nome; e, em todo lugar, se oferecerá ao meu Nome incenso e uma
oblação pura; porque o meu Nome será
grande entre as nações, diz o Senhor dos
Exércitos.
Mas vós o profanais, quando dizeis: A mesa do Senhor é impura, e o seu
produto, a sua comida, é desprezível.
E
dizeis: Eis aqui, que canseira! E o lançastes ao desprezo, diz o Senhor dos Exércitos: vós
ofereceis o roubado, e o coxo, e o
enfermo; assim fazeis a oferta; ser-me-á aceito isto de vossa mão ? – diz o
Senhor.
Pois maldito
seja o enganador, que, tendo animal no
seu rabanho, promete e oferece ao Senhor uma coisa vil; porque Eu Sou grande Rei, diz o Senhor dos Exércitos, o meu Nome será
tremendo entre as nações.” (Ml 1:7-14)
Primeiro:
Uma das maneira de como Deus avalia a nossa adoração, é pelo nosso
ofertar e dizimar.
Naqueles dias
havia uma crise espiritual tão profunda no povo de Israel, que tudo que traziam
como oferta a Deus no seu altar, refletia o seu real estado espiritual e a
péssima qualidade na adoração.
Voce sabia
que se pode medir o nível de adoração, pela disposição em ofertar e dizimar na
Casa de Deus ? Pelo termometro da
tesouraria se diagnostica a qualidade de adoração de uma igreja. Pode conferir caro(o) leitor(a), porque isto
é veraz. Igrejas que dão esmolas pra
Deus, não adoram este Deus. Porque adorar
é tributar ao Senhor o melhor.
Recentemente ouvi
um testemunho de um irmão com muitos anos de fé, que confessou após ter sido
tocado por Deus para honrar a Deus com
suas primícias. Este irmão disse, que havia se acostumado durante toda a sua
vida, a depositar na salva de ofertas, vinte e cinco centavos; mesmo tendo um
bom rendimento. Hoje, sente vergonha, em
ter feito durante estes anos, do santo
ato de dar, uma esmola.
Segundo:
Achamos que somente o ímpio e o mundo sem Deus, é que profanam a Deus.
Mas a Palavra
nos declara, que o ofertante que não honra a Deus com a primicias de seus bens
e de sua renda, pode com sua oferta defeituosa desonrar a Deus: “Ofereceis sobre o meu altar pão imundo e
dizeis: Em que te havemos
profanado? Nisto, que dizeis: A mesa do Senhor é desprezível.” (Ml 1:7)
Terceiro:
O ofertante que desonra a Deus com oferta defeituosa, vive a política maligna do “não faz
mal”.
“Porque quando trazeis animal cego
para o sacrificardes, não faz mal! E,
quando ofereceis o coxo ou o enfermo,
não faz mal! Ora, apresenta-o
ao teu príncipe; terá ele agrado de
ti? Ou aceitará ele a tua pessoa? – diz
o Senhor dos Exércitos.” (Ml
1:8)
Neste
capítulo primeiro do profeta Malaquias vemos o Senhor irritado. Porque quando falta excelencia em nosso
serviço para Ele, falta honra no que fazemos.
Um serviço excelente traz em cada detalhe a marca da honra. Se desejamos agradá-lo, tudo o que fizermos
deve ser regido pela excelencia. Jamais
nos esqueçamos que o caminho da excelencia sempre leva a honra.
Conheci
um querido diácono, que certo dia ao chegar ao templo, o encontrei varrendo o
páteo; e o fazia com todo amor e
primor. Lembro-me que lhe disse:
- Meu irmão, voce está trabalhando muito.
Notei,
que ele parou, sorriu para mim; e com
lágrimas no rosto, olhou para cima e disse do fundo da sua alma:
- É para o meu Senhor! É para o meu
Senhor!
Quarto:
Que existe
ainda uma solução para quem traz para Deus oferta defeituosa:
É se converter inteiramente ao Senhor, suplicar pela
sua misericórdia e mudar a sua maneira de ofertar.
Agora, pois, suplicai o favor de
Deus, e ele terá piedade de nós; isto
veio da vossa mão; aceitará ele a vossa
pessoa? – diz o Senhor dos Exércitos. (Ml 1:9)
Quinto:
Quem
prossegue trazendo oferta defeituosa, é candidato em potencial para ser
amaldiçoado:
“Mas vós o profanais, quando dizeis: A mesa do Senhor é impura, e o seu
produto, a sua comida, é desprezível.
E dizeis: Eis aqui,
que canseira! E o lançastes ao
desprezo, diz o Senhor dos
Exércitos: vós ofereceis o
roubado, e o coxo, e o enfermo; assim fazeis a oferta; ser-me-á aceito isto de vossa mão ? – diz o
Senhor.
Pois maldito seja o enganador, que, tendo animal no seu rabanho, promete e
oferece ao Senhor uma coisa vil; porque
Eu Sou grande Rei, diz o Senhor dos
Exércitos, o meu Nome será tremendo entre as nações.” (Ml
1:12-14)
Aprendamos a honrar ao Senhor oferecendo a Ele o nosso
melhor; assim como fez o rei Davi:“...porque
não oferecerei ao Senhor, meu Deus, holocaustos que me não custem nada...” (2 Sm 24:24)
O patriarca Abraão foi um homem verdadeiramente
próspero e rico.
Notemos algumas marcas na vida de Abraão que explicam claramente a
benção da prosperidade em sua vida:
Primeira:
Abraão tinha
a marca da Promessa:
“E far-te-ei uma
grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma
benção” (Gn 12:2)
Segunda:
Abraão
aprendeu desde cedo a dizimar:
“...E deu-lhe o dízimo de tudo.” (Gn 14:20)
Terceira:
Abraão deu ao
Senhor o seu melhor:
“E aconteceu,
depois destas coisas, que tentou Deus a Abraão e disse-lhe: Abraão!
E ele disse: Eis-me aqui.
E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, aIsaque,a quem amas, e
vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas,
que eu te direi.
Então, se
levantou Abraão pela manhã, de madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou
consigo dois de seus moços e Isaque, seu filho;
efendeu lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que Deus
lhe dissera.” (Gn 22:1-3)
Deus fará prosperar na terra, todo aquele que busca
dar sempre o seu melhor para Deus. Abraão
ao subir o Monte Moriá em completa
obediencia, trouxe ao Senhor, o que mais
amava; seu filho único, Isaque.
Honrar a Deus, é exatamente isto: Dar a Ele o nosso melhor.
2.5
A
oferta com sentimento de quem se livra de uma prestação, não honra a Deus
Muitos
crentes ao ofertarem e dizimarem, teem na contribuição, não um prazer, um
motivo de adoração e gratidão; mas, um
desencargo, um alivio. Muitos, no
momento que entregam sua oferta, vão tristes e como o coração apertado. E, se pudessemos ouvir suas almas, por certo
ouviríamos:
- Ufa!...Consegui!...
Tais
ofertantes não podem jamais honrar a Deus.
Pois, o Senhor não se agrada de quem oferta ou dizima, como quem se livra de uma prestação das Casas Bahia.
Por
certo, contribuir assim, é um pesado fardo;
quando na verdade, deve ser um ato de fé e de grande alegria: “Cada
um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por
necessidade; porque Deus ama ao que dá
com alegria.” (1 Co 9:7)
2.6
A oferta que é uma dádiva apenas, e não é semente, não honra a Deus
Observemos
algumas perguntas para refletirmos a
respeito, baseados no que Paulo escreveu aos crentes de Filipos:
“Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que aumente a vossa
conta.” (Fp 4:17)
Primeira:
Quando a minha oferta é apenas uma
dádiva ?
Qualquer
pessoa pode ofertar, ser dadivosa, e não ter a essencia bíblica para ofertar,
que é a Graça de Deus no coração.
Neste
caso, sua dádiva é apenas dádiva.
Segundo:
Quando a minha oferta é mais que uma
dádiva ?
Sim, quando o ofertante faz dela uma semente.
Porque
dádiva que não é semente, não passa de dádiva.
Dádivas muitos podem ter, no
entanto, sementes nem todos possuem.
Que Deus nos ajude por sua Graça, a transformarmos todas as nossas
dádivas em preciosas sementes.
Terceira:
Quando entrego minha dádiva como uma
semente, quais são os resultados ?
A
primeira benção na nossa vida quando fazemos da nossa dádiva uma semente – é a
dos muitos frutos. Note que Paulo fala
aos Filipenses, de seu sincero desejo em ve-los frutificando mais e mais: “...mas procuro o fruto...”
Vale
acrescentar que Paulo destaca duas relidades da provisão de Deus se formos
semeadores no Reino de Deus:
Frutificação (que já mencionei acima) e uma colheita abundante – “...mas procuro o fruto que aumente a vossa
conta.”
E,
o que é conta aumentada? A Palavra
responde:
“Honra ao Senhor com a tua fazenda e
com as primícias de toda a tua renda.
E se encherão os teus celeiros abundantemente, e transbordarão de mosto
os teu lagares.” (Pv
3:9,10)
2 FÉ
A oferta que Deus aceita é aquela que
é semeada com Fé
“E
semeou Isaque naquela mesma terra e colheu, naquele mesmo ano, cem medidas,
porque o Senhor o abençoava.” (Gn 26:12)
Todo lavrador lança as suas sementes em sua
terra, na esperança de uma promissora colheita. “...Eis
que o lavrador espera o precioso fruto da terra...” (Tg 5:7). Qual é o
lavrador que sai a semear sem objetivo ? Sem espectativa de uma boa colheita
? Como dizendo: “Estou lançando a semente por lançar...brotando ou não...para mim tanto
faz...não importa...” Nenhum lavrador procede assim. Ao tomar a semente, ele está vendo além daquela semente; está vendo uma grande colheita.
Nesta
perspectiva bíblica devemos semear no Reino.
Vamos observar o texto da Palavra de Deus em João 6,
onde podemos aprender tremendas lições sobre como semearmos com fé:
1. SEMEAR COM FÉ SIGNIFICA ESTAR
PRONTO PARA SEMEAR EM TEMPOS DIFÍCEIS
1.1
A multidão estava cansada e faminta
Eram pessoas
vindas de todas as partes de Israel, que seguiam a Jesus pelos milagres que via.
Uma multidão exaurida e com muita fome. Este foi o público alvo de um dos mais
portentosos milagres realizados por Jesus – Jo 6:2
1.2
O Evangelista Mateus informa que o lugar era deserto e a hora era
avançada
Estavam em
um lugar sem recursos e a escuridão da noite campeava. Hora difícil para socorrer todas aquelas
pessoas cansadas e famintas. Mas, Jesus
fazia de cada dificuldade uma oportunidade para manifestar sua glória. Sempre em meio às impossibilidades da vida,
Jesus sempre em nosso caminho, revertendo nossa história e nos abrindo portas.
Quando tudo nos parece perdido, Ele nos
traz de volta a esperança. Quando a
crise e a carestia se instalam; monta-se o palco de seus prodigios e
maravilhas.
1.3
Semear em tempos de prosperidade é uma facilidade para muitos.
Quando não
faltam condições, recursos. Saúde pra
dar e vender. Conta bancária gorda. Uma grande reserva guardada, etc... Semear nesta hora, é importante. Mas, o mais desafiador é semear na hora da crise, quando nos faltam recursos.
Ouvi de uma irmã que
trabalhava como lavadeira, e boa parte do que ganhava, enviava para o sustento
de um missionário. Que lindo testemunho!
1.4 1 Rs 17 – A viúva da Zarefate semeou em tempo difícil:
Primeira verdade:
Aprendemos com esta mulher de Deus um precioso paradoxo – Que quando
semeamos em tempos de carestia, é semeadura em solo fertil
Aquela mulher não era uma viúva rica, mas
paupérrima em decorrencia da seca e da fome que havia em sua terra.
Imagino que ao ser ordenado
por Deus para sair do Querite e ir para Zarefate, quando o Senhor lhe diz: - Eu ordenei ali que uma viúva te sustente.
Quem sabe ele pensou...deve ser uma viúva
rica, uma fazendeira milionária, uma pecuarista e grande latifundiária....Esta
viúva será sem dúvida, uma ofertante em potencial para o sustento de meu
ministério.
Mas, ao chegar em Sarepta, encontra alguém
vivendo em extrema pobreza, que com seu filho estavam à espera da morte.
Faltar-nos-ia espaço para
alinhar os muitos testemunhos de servos de Deus ao longo da História da Igreja,
que deram de si e do que tinha a Deus nem momentos de carestia.
Certa vez recebí em minha casa
um missionário boliviano. O mesmo vivenciava
naqueles dias, a falta de recursos.
Lembro-me que enquanto conversavamos, o Senhor falou comigo:
- Dê para o missionário, o paletó azul.
Esse paletó era uma espécie de
filho único para mim. Na mesma hora,
respondi ao Senhor, dizendo de minha situação como obreiro, também vivendo em
aperto naqueles dias. Mas, a voz do
Senhor foi muito forte em meu coração;
levantei-me, e fui pegar o paletó, tomei também uma camisa e uma gravata
que combinava com o paletó, e dei ao missionário.
Após poucos dias, caminhando
pelo centro da cidade encontrei um irmão de nome Alfredo (que já dorme no Senhor), que me disse que Deus
tinha lhe ordenado que me desse um terno.
Comprou do melhor tecido que escolhi e me levou no seu alfaiate.
Alguns dias depois, sou
procurado pelo irmão Eliseu Brizola (esposo da cantora Mara Dalila), que tocado
por Deus, me deu mais um terno, de um tecido lindo e finissimo.
Glorifiquei a Deus, que estava
me ensinando a semear em tempos de dificuldade. Pois, tal semeadura produz bençãos
abundantes em nossa vida.
Segunda Verdade:
Ela é desafiada a semear o pouco que tinha em tempos difíceis
- O profeta Elias primeiro
pede-lhe água, simultaneamente – ordena-lhe: Traga-me também um bocado de pão...
Esta mulher nos revela, que
por maior que seja a crise que atravessamos, sempre temos alguma coisa para
dar.
Tal fato nos reporta aos
queridos crentes da Macedonia que foram desafiados a semearem no tempo da
dificuldade: “Também, irmãos, vos fazemos
conhecer a graça de Deus dada às igrejas da Macedônia; como em muita prova de tribulação, houve
abundância do seu gozo, e como em sua profunda pobreza superabundou em riquezas
da sua generosidade. Porque, segundo o
seu poder (o que eu mesmo testifico) e
ainda acima do seu poder, deram voluntariamente, pedindo-nos como muitos rogos a graça e a
comunicação deste serviço, que se fazia para com os santos.” (2 Co 8:1-4)
Os missionários pioneiros da
Assembléia de Deus no Brasil, Gunnar Vingren e Daniel Berg, desde o chamado
para o Brasil, aprenderam a semear em
tempos difíceis:
Sua história nos informa, que
após terem recebido a direção de Deus para virem para o Brasil; precisamente
para o Pará, segundo uma revelação divina que receberam; não tinham nenhum recurso para virem ao
Brasil. O custo das duas passagens de
navio, ficava em torno de noventa dólares.
Como os bolsos estavam vazios, foram buscar ao Senhor em oração. Em seguida, providencialmente, recebem de
uma igreja, a referida quantia. Certo
dia, Gunnar ouviu nitidamente a voz de Deus: “Se voces forem, nada vos faltará!”. Dias depois, quando estavam em oração,
novamente Gunnar ouve a voz do Senhor: “Estes
noventa dólares, voces devem ofertar para um jornal pentecostal.” A princípio, pareceu algo muito
estranho, porque era todo o dinheiro
para a viagem missionária ao Brasil.
Mas, ao prosseguirem em oração, receberam a confirmação de Deus, de que
deviam obedecer sem murmurar. E, assim
fizeram, ficando novamente de mãos vazias.
Ao chegarem em Nova York, enquanto caminhavam pelas avenidas da grande
metrópole, veio na direção deles um
comerciante, que disse estar muito surpreso de encontrar Gunnar em Nova York
(este irmão era um conhecido de Gunnar, que há tempos não o via). O mesmo, disse que Deus havia lhe ordenado
que enviasse uma oferta a Gunnar, e que estava indo exatamente ao correio para
enviá-la. Tomados de grande alegria, os
dois missionários. Ficaram mais
impactados, quando ao abrirem o envelope recebido, encontraram noventa dólares.
Compraram as passagens e rumaram para
o campo missionário em nosso querido Brasil.
Terceira Verdade:
Aprendemos que quando semeamos em tempos difíceis estamos honrando a
Deus antes de tudo
Notemos que ela disse ao
profeta: - Vou fazer um bolo para mim e
para meu filho, vamos comer e depois vamos esperar a morte.
- 1 Rs
17:13 “E Elias lhe disse: Não
temas; vai e faze conforme a tua
palavra; porém faze disso primeiro para
mim um bolo pequeno e traze-mo para fora;
depois farás para ti e para teu
filho.”
A primeira impressão que
temos quando lemos este texto, é que o profeta foi mal educado e atrevido.
Não, isto não é verdade. Consideremos, que Deus falava por Ele. Aquela palavra desafiadora confrontava a fé da
viúva. Elias era o representante de Deus. Era Deus falando por ele,
com a seguinte mensagem: PRIMEIRO PARA
MIM. EU DEVO TER PRIMAZIA EM TUA VIDA !
Quando semeamos assim – Colocando Deus em primeiro lugar – A benção acontece: “A farinha da panela não se acabará e o azeite da botija não faltará.”, até ao dia em que o Senhor de chuva sobre a terra.” – 1 Rs 17:14
2. SEMEAR COM FÉ SIGNIFICA CRER QUE O SENHOR SABE TUDO, E FARÁ SEMPRE O MELHOR
POR NÓS
Jo 6:5 “Então Jesus levantando os olhos e vendo que
uma grande multidão vinha ter com Ele, disse a Felipe: Onde compraremos pão, para estes comerem ?”
2.1 Quando nós fazemos uma
pergunta, normalmente é porque queremos aprender. Mas, todas as vezes que o Senhor faz uma
pergunta é para ensinar alguma importante lição:
Gn 3:8 – “Onde estás Adão ?” Não perguntou para saber onde Adão estava, mas, para chamar sua atenção
para seu real estado de pecado.
1 Rs 19:9 – “Que fazes aqui Elias?” Não perguntou porque não sabia o que Elias estava fazendo naquela
caverna, mas, para lembrá-lo de sua chamada e que havia muito a fazer no
Reino.
Lc 24:17 – “Que palavras são essas que,
caminhado, trocais entre vós e por que estais tristes?” Jesus não pergunta porque era desconhecedor
dos fatos ocorridos; mas, pergunta com santa ironia, no propósito de mostrar-lhes a maior das
verdades: De que havia ressuscitado dentre os mortos (Lc 24:26).
2.2 Neste caso aqui, Jesus pergunta para
ensinar, porque Ele tudo sabe: “Mas dizia isto para o experimentar;
PORQUE ELE BEM SABIA O QUE HAVIA DE FAZER.”(Jo 6:6)
Durante as
nossas provações, desafios e aflições, nós não sabemos, mas Ele sabe e cuida de
nós, nos provendo e nos sustentando (Fp 4:19).
Pastoreei nos Estados Unidos por alguns anos. Um querido irmão que trabalhava na região da
Nova Inglaterra, levantava-se muito cedo todos os dias para trabalhar. Certa manhã de intenso frio, quando caía muita
neve, ele caminhava em direção ao seu trabalho.
Caminhava com dificuldade, pois sentia seu corpo literalmente
congelar-se. Enquanto ia, pensou:
- Senhor! Estou passando agora na frente desta
cafeteria. Seria tão bom, tomar um café
quentinho...mas, estou sem dinheiro...
De repente, a porta da cafeteria se abre, e um americano que trazia em
suas mãos, dois grandes copos de café (e,
quem conhece, sabe que cafezinho de
americano é de 300 ml para cima). Olhou
para o nosso irmão brasileiro e disse:
- Comprei dois cafés: Um para mim, e este é para voce.
Na mesma hora, o querido irmão, após ter agradecido aquele desconhecido,
louvou a Deus com lágrimas de gratidão.
Como é maravilhoso o cuidado
de Deus para com seus filhos!
3. SEMEAR COM FÉ SIGNIFICA ENTREGAR
TUDO O QUE TEMOS NAS MÃOS DO
SENHOR
Jo 6:8,9 “E um dos seus discípulos, André irmão de
Simão Pedro, disse-lhe: Está aqui um
rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isso para
tantos?”
3.1 Primeiramente é digno de nota
dizer que este rapaz não foi egoísta.
Ele simplesmente poderia esconder
o seu lanche e não dizer nada a ninguém.
Mas, este menino era generoso. A
generosidade deste menino era maior que a fome daquela gente. O coração daquele menino era maior que a
multidão de 5.000 homens (sem contar mulheres e crianças).
“E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na
abundancia do que possui.” (Lc 12:15)
“Bem irá ao homem que se
compadece, e empresta: disporá as suas cousas em juízo. Na verdade que nunca será abalado: o justo ficará em memória eterna. Não temerá maus rumores: o seu coração está firme, confiando no
Senhor. O seu coração, bem firmado,
não temerá, até que ele veja cumprido o seu desejo sobre os seus inimigos. É liberal, dá aos necessitados: a sua justiça permanece para sempre, e a sua
força se exaltará em glória.” (Sl 112:5-9)
3.2 Não se pode semear com fé se
formos avarentos, individualistas, egoístas. Crente munheca de samambaia – não dá, mas
também não recebe.
Certa vez, um crente avarento
foi questionar com seu pastor, o caso da salvação do ladrão arrependido do
Calvário:
- Pastor, eu não concordo com a idéia de entregar o dízimo. Veja só,
aquele ladrão arrependido foi salvo e não entregou o dízimo.
O pastor tentava demove-lo de
tal pensamento mesquinho, procurando ensiná-lo que era impossível para aquele
ladrão, ofertar ou dizimar; pois, o mesmo estava pregado em uma cruz.
Mas, o avarento insistia em
sua desastrosa convicção. Em dado
momento da conversa, o pastor olhou bem para ele e culminou dizendo:
- Meu irmão, existe aqui neste assunto uma diferença: Aquele era um ladrão morrendo; e, o irmão é um ladrão vivendo.
Costumo dizer que na mão do
menino eram 5 pães, no entanto, nas mãos de Jesus se transformou em uma grande
padaria. Nas mãos do menino eram 2
peixinhos, mas, nas mãos de Jesus, uma
peixaria.
Experimente colocar o que voce tem nas mãos de
Jesus, pois, coisas maravilhosas ocorrerão na tua vida. Os egoístas e avarentos, veem a ruína como
colheita de sua semeadura; mas o cristão
liberal, semeia na crise tudo o que tem, sempre na certeza de que lhe acompanha
o milagre da provisão.
Na
mão de Sansão era apenas uma queixada de jumento – Na mão de Deus virou uma
bazuca poderosa.
Na
mão de Davi era uma pedrinha – Na mão de Deus virou um míssil tele guiado.
Na
mão de Dorcas era uma agulha – Na mão de Deus virou uma abençoada máquina
Singer, destas que costura, chuleia e
prega botões.
Estamos dispostos a colocar
tudo que somos e temos nas mãos do Senhor ?
4. SEMEAR COM FÉ SIGNIFICA DESCOBRIR
O MILAGRE DA PARTILHA
Jo 6:11 “E Jesus tomou os pães e, havendo dado
graças, repartiu-os pelos discípulos, e
os discípulos, pelos que estavam assentados;
e igualmente também os peixes, quanto eles queriam.”
4.1 Semear com fé significa descobrir
o milagre da partilha.
E qual é o milagre da
partilha ?
O milagre da partilha é a
benção da multiplicação; e isto é algo extraordinariamente maravilhoso.
Jesus nos ensina,
que não existe multiplicação sem partilha.
Se eu não reparto, nada se multiplica: “Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando
vos darão; porque com a mesma medida com
que medirdes também vos medirão de novo.” (Lc 6:38)
“E Jesus tomou
os pães e, havendo dado graças, repartiu pelos discípulos, e os discípulos pelos que estavam
assentados; e igualmente também os
peixes, quanto eles queriam.”(Jo 6:11)
O Milagre da multiplicação não se
deu em um só nomento em que Jesus partiu os pães e os peixes. Porque se assim fosse; imediatamente se teria feito uma verdadeira
montanha de pães e peixes multiplicados.
Mas, o milagre da multiplicação se deu cada vez
que ocorria a partilha.
Primeiro: Multiplicou na mão de Jesus ao
repartir e dar aos discípulos.
Segundo: Multiplicou na mão dos
discípulos ao repartirem com os chefes de cada família.
Terceiro: O milagre da multiplicação
não parava, enquanto iam repartindo: De
pai para mãe, de mãe para filhos, de irmão para irmão, de vizinho para vizinho, de amigo para amigo.
Quando praticarmos a graça da partilha, veremos o agir de Deus em nosso
pão e em nossas finanças.
Se damos lugar à avareza, e não repartimos – o que temos é subtraído, e
ficamos sem nada. Mas, se damos lugar à
graça da partilha, tudo o que temos é multiplicado para glória de Deus.
4.2 A viúva de Zarefate somente
viu a multiplicação em sua casa, quando repartiu
o que tinha.
E ao repartir, o milagre
aconteceu. A multiplicação foi tão
tremenda que por dois anos aproximadamente, ela ia na botija e tinha azeite; ia na
panela, e tinha farinha. Maravilha! A
Deus seja a glória!”.
Precioso é o testemunho de um
irmão, que atravessava com sua familia dias difíceis de grande aperto
financeiro. No entanto, mesmo em meio à
crise, nunca deixava de contribuir com o pouco que tinha. Certo dia, recebe em sua casa a visita de
diversos irmãos de sua igreja.
Sua esposa , muito desejosa de
fazer café para todos os irmãos; ficou preocupada, porque só tinha, um pequeno
pedaço de pão, que daria no máximo para duas pessoas. No entanto, movida pela fé, orou por aquele
pedaço de pão, e em seguida, começou a fatia-lo. De repente, ela explode em línguas louvando a
Deus; seu esposo que estava na sala da
casa atendendo aos irmãos – corre para a
cozinha com os irmãos, para saberem o
motivo do Pentecóste. Ao chegarem, foram
tomados de grande surpresa e alegria, ao verem um grande monte de pães
fatiados; e a irmã prosseguindo a cortar, e dizendo efusivamente: O pão
não acaba ! O pão não acaba !
Também não me esqueço do
grande milagre vivido pelo querido irmão Borba, da cidade de Maringá. Ele contou-me, que atravessava dias de
aperto financeiro. O gás da cozinha
estava dando seus últimos sinais de
vida; quando a chama começa a fenecer. Então, irmão Borba (como fazem muitos de nós
brasileiros fazemos); virou deitado o botijão de gás, e fez uma
oração: “Senhor, não tenho dinheiro para comprar outro botijão. Tu sabes que precisamos cozinhar. Tenha misericórdia. Tu sabes que sou
dizimista, opera este milagre !”
Passou um dia, dois dias,
tres, quatro, cinco, seis,...E, sua esposa cozinhou (fazendo café, almoço e
jantar) por trinta dias – e o botijão virado.
Quando um mes de milagre se
completou, irmão Borba foi procurado por uma pessoa que lhe devia boa soma de dinheiro. Tal pessoa o pagou integralmente. Ao receber o dinheiro, nosso irmão ouviu
nitidamente a voz do Senhor:
- Não tentarás ao Senhor teu Deus; vá comprar o gás !
5. SEMEAR COM FÉ SIGNIFICA COLHER FRUTOS PARA O PRESENTE E TAMBÉM PARA O FUTURO
- Jo 6:12,13
5.1 Aquele milagre teve
implicações para aquele dia e para o depois:
Naquele dia aquela grande
multidão faminta foi saciada (Jo 6:12).
E doze cestos cheios sobraram, os quais o Senhor ordenou que fossem
guardados. E ainda ensinou a eles, que o fato de sermos abençoados hoje, isto
não deve nos conduzir ao desperdicio, mas, à previdencia.
Existem pessoas, que Deus está
abençoando hoje, e estas bençãos apontam para dois sentidos: presente e futuro. Deus quer suprir-nos no presente, para que
nada nos falte no futuro. No entanto, o
desperdiçador, joga fora a provisão de hoje, para passar fome amanhã.
5.2 O milagre da multiplicação do
azeite em 2 Reis 4, revela-nos que Deus abençoa o nosso presente e garante o
nosso futuro:
Este milagre experimentado pela viúva no tempo
do profeta Eliseu, cujo milagre, abençoou o presente e garantiu o futuro dela e
de seus dois filhos. Com a multiplicação
do azeite, ela pode pagar todas as
dívidas; e em ato contínuo da
benção, Deus cria uma espécie de aposentadoria
para aquela serva de Deus.
O Deus da multiplicação, é
também o Deus da previdencia social. “Então,
veio ela e o fez saber ao homem de Deus; e disse ele: Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e tu
e teus filhos vivei do resto.” (1 Rs 4:7)
Há crentes
que ainda não foram ricamente abençoados, porque a avareza os impede de
repartirem. E, em não repartindo não
experimentam a provisão e a multiplicação em sua casa e em suas finanças.
A ordem da
Palavra é repartir: “Lança o teu pão sobre as águas, porque, depois de muitos dias, o
acharás. Reparte, com sete e ainda até
com oito, porque não sabes que mal
haverá sobre a terra.”
Não sejamos
crentes avarentos, que se assemelham ao
Mar Morto, que nada dá, nada gera, nada produz. Tais crentes são assim, porque estão espiritualmente mortos, e mortos
não geram.
O Mar Morto está situado a 408
metros abaixo do nível do mar, e, é o mais baixo reservatório de água do mundo
e também o mais salgado, com sete vezes mais sal que os oceanos. Recebe diurtunamente muita água doce, mas
continua sempre salgado.
O Mar morto, representa muitos
crentes da mão fechada, que recebem constantemente o favor de Deus, mas, jamais
abrem sua mão para ajudar a Obra de Deus ou mesmo socorrer o necessitado.
Mas, que sejamos crentes
cheios de fé; investidores no Reino e
semeadores em potencial para glória de Deus.
Isaque pode desfrutar das
bençãos de Deus, porque era um semeador que semeava com fé. Notemos o que a Palavra nos diz:
“E semeou
Isaque naquela mesma terra e colheu, naquele mesmo ano, cem medidas, porque o
Senhor o abençoava.” (Gn 26:12)
Notemos algumas importantes lições neste texto
bíblico:
Primeira: A determinação para
semear:
“E semeou Isaque”
Há muitos que guardam a
semente ou comem a semente, e por isso não semeiam no Reino; portanto, nada
colhem.
Segunda: A terra certa para
semear:
“E semeou Isaque naquela mesma terra...”
Uma colheita certa depende de
uma terra certa. Jesus nos ensina na
famosa parábola do semeador que a semente que frutifica é aquela que é semeada
em boa terra (Mt 13:8).
Existem crente que deixa de
semear onde se congregam, deixa de semear onde é pastoreado. Enviam o seu dízimo para outras partes (o que
está errado; dízimo deve ser entregue
onde se congrega).
Não nos esqueçamos que “semeou
Isaque naquela mesma terra...”
Terceira: A colheita certa:
“...e colheu...”
A lei da semeadura é divina, e
por ser divina é certa.
“...tudo o que o homem semear, isto, ceifará.” (Gl 6:7)
“E digo isto: Que o que semeia
pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundancia, em abundancia também ceifará.” (2 Co 9:6)
Quarto: O tempo da colheita:
“...e colheu naquele mesmo ano...”
Nós determinamos o tempo de
semeadura, e Deus, o tempo da colheita.
“E não nos cansemos de fazer o bem,
porque a seu tempo
ceifaremos, se não houvermos
desfalecido.” (Gl 6:9)
Quinta: A colheita abundante
“...e colheu,
naquele mesmo ano, cem medidas, porque o Senhor o abençoava.”
“Ora, aquele que dá
semente ao que semeia e pão para comer também multiplicará a vossa sementeira,
e aumentará os frutos da vossa justiça.
Para que em tudo enriqueçais
para toda a beneficencia, a qual faz que
por nós, se deem graças a Deus.” (2 Co
9:10,11)
3 AMOR
A oferta que Deus aceita é gerada
pelo amor
“E
o povo se alegrou do que deram voluntariamente;
porque, com coração perfeito,
voluntariamente deram ao
Senhor...”
(1 Cr 29:9)
Se desejamos ser semeadores no Reino de Deus, jamais
devemos nos esquecer que sem amor, não existe semeadura aceitável por Deus. Se minha oferta ou dízimo não forem
motivadas pelo amor ao Senhor, estou equivocado quanto a este maravilhoso
princípio divino, que nos ensina que a benção de dar segundo a Bíblia jamais
cheira barganha, mas sim, o precioso perfume do amor a Deus.
1.
O
texto áureo da Bíblia nos diz com toda a clareza, que o amor está atrelado a
doação. O amor de
Deus se derramou, e este amor nos trouxe
a maior das dádivas – Jesus Cristo, nosso amado Salvador: “Porque
Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho Unigenito, para que todo
aquele que nEle cre, não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3:16).
Um querido amigo lusitano, veterano ministro batista, pastor Avelino
Ferreira, que por muitos anos foi
missionário em terras africanas, contou-me
que certa feita quando evangelizava uma tribo no interior de Angola. E quando pregava com toda a convicção que
Deus amava toda aquela tribo, do menor ao maior sem distinção; foi interpelado pelo chefe da tribo, que lhe perguntou:
- Segundo o que
aprendemos de nossos ancestrais através
de muitas gerações, que quando se diz que ama, se deve demostrar este amor
através de algum presente. E, se
Deus nos ama como o senhor afirma;
onde está o seu presente para todos nós?
Com um sorriso, meu amigo, entendendo que o Senhor tinha
preparado aquele momento, respondeu com
João 3:16. Disse que o amor de Deus é
tão grande, que o fez dar o seu único Filho Jesus na Cruz do Calvário para nos
salvar.
O chefe tribal então,
convidou toda a tribo a aceitarem a mensagem de Salvação, e acrescentou:
- Deus nos
ama, nos deu presente !
1.1 O homem aprendeu com Deus, que o amor tem como
ato contínuo: a doação.
Quando se ama, se doa. Quando
amamos, apreciamos materializar nossa afeição dando presentes. E, quando somos acarinhados por tal gesto,
quer seja em nosso aniversário, natal ou em outras ocasiões; mais do que o valor monetário do objeto,
toca sempre o nosso coração, o sentimento de amor e apreço de quem nos ofertou. O amor é presenteiro, o amor é dadivoso.
Mas, é oportuno lembrar que se ofertarmos não
motivados pelo amor, já estamos
reprovados por Deus. No renomado
capítulo do amor, 1 Coríntios 13, Paulo
deixa-nos saber, que mesmo quando se faz uma doação de uma fortuna aos pobres,
que não foi movida pelo amor de Deus; tal gesto, aparentemente nobre, perde
completamente o sentido.
Entendemos que, uma doação pode acontecer sem
amor. Mas, que o verdadeiro jamais
deixará de doar-se.
1.2 O Amor de Deus é pleno de graça
Digno de nota, é o parecer do
renomado teólogo A.W.Pink, em seu conhecido livro “Os Atributos de Deus”, diz que o Amor de
Deus e seu favor são inseparáveis:
O
Amor de Deus é pleno de graça. O amor
e o favor de Deus são inseparáveis. Esta verdade é exposta claramente em
Romanos 8:32-39. O que é esse
amor, do qual,nada nos pode separar, percebe-se facilmente pelo propósito e alcance do contexto
imediato: é aquela boa vontade ou beneplácito e graça de Deus que O determinou
a dar Seu Filho pelos pecadores. Esse amor foi o poder impulsivo da encarnação
de Cristo: "... Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito..." (João 3:16). Cristo morreu, não para fazer com que Deus nos
amasse, mas porque
Ele nos amou. O Calvário é
a suprema demonstração do amor divino.
Sempre que você
for tentado a duvidar do amor de Deus, volte ao Calvário.
Sim, volte ao Calvário para ver
que o amor foi materializado no Sangue que nos redime e nas pisaduras que nos
dão vida e saúde.
No Monte da redenção, o amor se derramou em presentes, em dádivas da
Graça e do perdão de Deus: “Mas Deus
prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda
pecadores.” (Rm 5:8).
Sim, o Calvário é o palco onde vemos claramente o amor se materializando
na maior doação: Deus por tanto nos
amar, nos deu Seu Filho para nos salvar.
Em João 15:13, ele amoravelmente nos revela que a doação de sua vida,
foi uma oferta de amor: “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.”
Paulo ao falar da graça de ser alvo deste amor, testemunha aos
gálatas: “...o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim.” (Gl 2:20)
2.
O
patriarca Abraão, vivenciou o amor pelo ato de dar.
“E aconteceu, depois destas coisas, que tentou Deus a Abraão e
disse-lhe: Abraão! E ele disse:
Eis-me aqui. Toma agora o teu
filho, o teu único filho, Isaque, a quem
amas, e vai-te ‘a terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto sobre uma das
montanhas, que Eu te direi. Então, se
levantou Abraão pela manhã, de madrugada,
e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e Isaque,
seu filho; e fendeu lenha para o
holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que Deus lhe dissera.”
(Gn 22:1-3)
2.1 Jamais Abraão serviu a Deus por coação ou por
medo, mas por amor.
Sua firme obediencia na Palavra estava sempre fundada no profundo amor
que sentia pelo Senhor, seu melhor amigo (2 Cr 20:7)(Is 41:8)(Tg 2:23). Seu sincero amor não lhe permitia fechar
seu coração e sua mão. Pelo
contrário, Abraão sabia que o edifício
da liberalidade somente pode ser construido sobre o alicerce do amor; que o abrir do coração faz a mão se abrir;
que o amor anula a avareza e celebra a generosidade pelo ato de dar.
2.2
Por
amor subiu as encostas do Monte Moriá levando Isaque para entregá-lo para Deus.
Por amor não se omitiu, nem fugiu de sua maior
entrega. Por amor se rendeu ‘a Palavra
do Senhor sem reclamar. Por amor, e
somente por amor creu no impossível e viu o invisivel. Por amor entregou a Deus, seu bem mais
precioso. E, ao entregá-lo por amor,
viu o milagre da provisão, na revelação de Jeová Jiré (Gn 22:7,8) recompensando
de forma maravilhosa seu servo, que
aprendeu a benção de dar pela maior das motivações – o Amor.
3.
Por
sua vez, Jonatas filho do rei Saul, ensina-nos também que o amor é dadivoso:
“E sucedeu que, acabando ele de falar com Saul, a alma de Jonatas se
ligou a alma de Daví; e Jonatas o amou como ‘a sua própria alma. E Saul, naquele dia, o tomou e não lhe
permitiu que tornasse para a casa de seu pai.
E Jonatas e Davi fizeram aliança;
porque Jonatas o amava como a sua própria alma. E Jonatas se despojou da capa que trazia
sobre si e a deu a Davi, como também as suas vestes, até a sua espada, e o seu arco, e o seu cinto.” (1
Sm 18:1-4)
3.1 Neste texto observamos a celebração do amor
fraternal. Davi e Jonatas nos ensinam
lições preciosas:
Primeira: Que o amor não discrimina.
Jonatas era principe, Davi era um simples campesino, um pastorzinho de
ovelhas. Mas, o amor fraternal que
desconhece preconceitos, ligou aqueles dois corações em sincera amizade.
Segunda: O amor é dadivoso.
Jonatas entendeu que amar significa dar. E, quando sua alma se ligou a alma de Davi,
imediatamente, deu o seu melhor para o seu amigo: Suas vestes de princípe. Por certo roupas de grife da época; linho finissimo digno de filho do rei. O Davizinho, acostumado a vestir a sua gasta
e simplória roupa de interiorano, agora veste uma roupa super “chique”.
Mas, as dádivas do amor não pararam,
Jonatas abre seu material bélico, e dá a Davi também as suas armas: sua
espada, seu arco e seu cinto.
3.2 O singular gesto de Jonatas revela-nos lindas
verdades do Amor:
Primeira: Que o
amor é a motivação maior do dar
Jonatas não mesclava barganha no relacionamento interpessoal. Simplesmente amava sem esperar nada em
troca. Pelo contrário, seu coração
generoso cheio de amor o levou a partilha de tudo o que tinha com seu amigo.
Segunda: Que o amor revela que somos todos iguais. Tudo porque o amor põe por terra as paredes
do “apparteid”, as barreiras de toda a
ordem. Nesta história bíblica, o
princípe e o plebeu, o ricasso e o pobre,
o magnata e o roceiro, fazem
aliança pelo amor fraternal.
Terceira: Que o amor nos torna parecidos.
Fico a imaginar quando Davi saiu pelas ruas da cidade usando as vestes
de Jonatas. Por certo não poucos
confundiram Davi com Jonatas. O Amor nos
deixa semelhantes. Bentita clonagem de
Deus.
Quarta: Que o amor é profeta
O amor manifesto por Jonatas
transmitiu a Davi tres profecias:
a)
Que
por maiores que sejam as dificuldades na tua vida, voce será sempre agasalhado
pelo apreço dos verdadeiros amigos.
Ao vestir Davi com suas
roupas, estava dizendo: Que minha estima te agasalhe!
É de bom alvitre lembrar, que
Jonatas não deu a Daví, trapos e farrapos.
Ele presenteia a Daví com o melhor que tinha. Abre o seu próprio guarda roupa, tira de suas
roupas de principe, o que havia de melhor em sua grif real.
A falta de amor no coração de
muitos crentes, se manifesta nas doações que fazem muitas vezes para o serviço social, das igrejas onde se
congregam. E, não estou falando de
crentes materialmente pobres; refiro-me
a crentes que possuem recursos; mas,
pela falta de amor fraternal,são mesquinhos e miseráveis. Doam camisas rasgadas e sem botões, vestidos
que mais parecem capa de botijão de gás,
sapatos furados e sem cadarços, etc...
Se Jonatas fosse desse tipo de crente,
Daví sairia de sua casa, feito um
espantalho, um Jéca Tatu. Mas, o amor,
que sempre busca fazer o melhor,
fez Jonatas vestir a Davi, como
um principe da casa real.
b)
Que
diante dos inimigos, não te faltar á um amigo para guerrear as tuas guerras.
Jonatas, ao compartilhar suas armas
com Davi estava declarando: As tuas guerras são minhas , tuas batalhas
são minhas, conte comigo!
c)
Que
voce vai chegar ao trono
No amor existe sempre um caráter profético. Quando ministramos amor ao nosso próximo, sem
dúvida estamos profetizando; porque o
amor é profeta. As dádivas de Jonatas
para Davi, foi um ato profético. Ao
vesti-lo com as roupas da corte, o amor foi o arauto de Deus para profetizar
para Davi: “Vai se acostumando com estas vestes,
porque voce será rei de Israel.”
Aprendo com esta verdade, que quando amamos profetizamos bençãos e
vitória.
No que tange a nossa oferta, estou certo que quando
ofertamos no Reino, movidos pelo amor, não somos apenas semeadores em
potencial, mas também profetas em
potencial. Quando dizimo ou
oferto movido pelo amor a Deus , sem
dúvida estou profetizando que minha semente frutificará, que minha sementeira se multiplicará, que
meus celeiros transbordarão, que o
Senhor meu Provedor me suprirá segundo as riquezas de sua Graça (Fp 4:19);
estou profetizando que minha oferta de amor vai sustentar mais obreiros e estes
prosperarão, que minha semente se somará
a outras para a construção de muitos templos,
que minha oferta de amor chegará
aos confins da terra através do evangelismo impresso, radiofonico e
televisivo, que minha contribuição
generosa dará suporte digno a muitos missionários e sua familias, que Deus irá cuidar de minha casa porque
estou cuidando com amor de sua Casa.
Uma coisa é um crente lançar sua semente sem amor,
outra coisa é semear com amor. E,
semear com amor significa uma colheita certa.
Não tenho dúvidas, que se minha semente for adubada pelo amor, Deus fará
a terra bater continencia ao semeador que ama a Deus. Um coração benevolente, uma mão generosa
somados a um solo fértil; o resultado
será sempre abundante.
“E semeou
Isaque naquela mesma terra e colheu, naquele mesmo ano, cem medidas, porque o Senhor o abençoava.”
(Gn 26:12). Jesus falou que a semente
na boa terra pode ter níveis de produção: cem, sessenta e trinta: “E
outra caiu em boa terra e deu fruto, um
a cem, outro, a sessenta, e outro, a trinta.” (Mt 13:8). Entendemos que existem semeadores no
Reino que são abençoados em um destes tres níveis. Mas, Isaque chegou no “top”, foi abençoado centuplicadamente, de cada
semente que semeou, cem vezes mais colheu.
Que lindo, a terra sempre fará
continencia para quem é filho Abraão.
Minha mana caçula Jussara, relatou-me um significativo
testemunho. Ela trabalhava como
gravadora de jóias, e certo dia, na parte da tarde, veio até seu local de
trabalho, um pastor que por mais de trinta anos realiza um maravilhoso trabalho
de evangelização pelas ruas e lojas do centro da cidade. Ele disse a minha irmã:
- Minha
literatura de evangelização acabou; e
tenho mais algumas lojas para falar de Cristo;
fico um pouco constrangido de pedir-lhe,
mas necessito de R$ 6,00 (seis reais) para fazer mais cópias (pois,
os folhetos que evangelizava, ele mesmo produzia e tirava cópias).
Ju, apesar de estar naquela hora com pouquissimo
dinheiro, tinha praticamente o que o
pastor precisava para continuar seu labor missionário; mas, movida pelo amor a
Deus e sua Obra, semeou naquela terra fértil com amor.
Naquela mesma tarde, um cliente trouxe uma placa para
ser gravada, cujo lucro foi de R$ 60,00 (sessenta reais).
Cresci no bairro do Bacacherí, na região norte de
minha querida Curitiba. Neste bairro
tinhamos uma pequeno ponto de pregação na rua Costa Rica, na casa da irmã Ana
Milani, uma querida do Senhor, que vivia o amor de Deus em sua vida prática. Semanalmente muitos irmãos se convergiam para
lá para buscarem a Deus. Ainda menino,
com meus 13 anos de idade, pegava minha bicicleta, colocava meu cavaquinho nas
costas e para lá me dirigia para cooperar com aqueles queridos irmãos.
Irmã Ana,
sempre alegre e com o coração cheio de amor, sentia-se muito feliz com
cada culto que era realizado em sua casa.
Logo após cada culto, ela gostava de nos oferecer um lanche. Certo dia, quando estávamos aproximadamente
em 40 irmãos reunidos ali; irmã Ana
desejosa de oferecer um café para todos;
foi até a cozinha e ficou triste ao constatar que tinha em torno de 3 a
4 colheres de café, que possivelmente daria para fazer café para 4 ou 5
pessoas. Mas, movida pela fé e pelo
amor de Deus, colocou a mão sobre aquela pequena porção de café, e orou:
- Senhor, são muitos irmãos...E tenho tão
pouco café. Mas, Senhor, eu gostaria
tanto de dar este lanche aos meus amados irmãos. Senhor, multiplica em Nome de Jesus !
Fez o café, e levou o bule para a sala onde estavam os
irmãos. Todos foram com muita sede ao
pote. Aqueles 40 irmãos tomaram bastante
café; e como sempre tem, alguns fizeram
até o famoso “repeteco”.
Irmã Ana conversando com as irmãs, se esqueceu do
bule; foi quando seu esposo, irmão
Inocencio lhe perguntou se tinha feito mais café. Ela lhe respondeu que não; e em seguida, levantou a tampa do bule e para
sua surpresa e também de todos,o bule estava cheio, como se ninguém tivesse
tomado café. Que maravilha! Que
lindo! A oferta da querida irmã
Ana, cheia de fé e amor, a fez alvo da benção multiplicação e do
cuidado de Deus.
Lembro em tempo, que apelidamos o bule da irmã Ana, do
“bule do milagre”.
Que sejamos semeadores em cujo coração transborde o
amor pelo Senhor; e que nosso ofertar
seja sempre pelo amor que temos para com Deus;
porque assim sendo, veremos o derramar das bençãos, o multiplicar da
nossa sementeira e o transbordar de nossos celeiros.
Vale lembrar, que nenhuma oferta, por mais expressiva
que seja monetariamente, jamais terá
valor diante de Deus, se vier sem amor.
Porque com amor, para Deus, um centavo vale uma fortuna. E, sem amor, uma fortuna passa a valer nada.
No grande capítulo do amor, o apóstolo Paulo, reafirma
esta verdade: “E, ainda que distribuisse toda a minha fortuna para sustento dos
pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse
amor, nada disso me aproveitaria.” (1 Co 13:3)
4 GRATIDÃO
A oferta que Deus aceita é cheia de
gratidão
“Bendize
, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo
nome.” (Sl 103:1)
O bendito ato de dar é o resultado de um coração
agradecido a Deus por suas bençãos.
Costumo dizer, que a oferta que agrada a Deus é a materialização de
nossa gratidão. Se nossa oferta não
traz a marca da gratidão, ela se torna ineficaz diante de Deus.
Observemos algumas faces desta nobre virtude – a
gratidão:
1.
A
gratidão é a memória do coração
A gratidão será sempre a memória do coração; portanto,
os ingratos sofrem de amnésia espiritual, porque não possuem memória no
coração.
Consideremos que o culto levitico na Antiga
Dispensação, não tinha apresentações musicais, nem corais, nem vocais, nem
solos; não havia nem pregação. Mas, todo
culto se resumia em ofertas. Ofertas pacificas, ofertas pelo pecado, ofertas de
primicias do fruto da terra e de animais.
O culto se resumia em ofertas.
E, tudo o que era trazido para a Casa de Deus, tinha
como objetivo – Agradecer a Deus.
Creio que seríamos mais abençoados, se ofertassemos e
dizimassemos, movidos por profunda gratidão ao Senhor. São felizes os crentes que oferecem a Deus sua
oferta como sacrificio de ação de graças, como fazia o rei Daví,que dizia:
“Bendize ó
minha alma ao Senhor, e tudo o que há em mim, bendiga o seu santo nome.” (Sl 103:1)
2.
A
Gratidão promove a multiplicação
Há crentes que não provam a benção da multiplicação em
seus rendimentos, porque são ingratos a Deus.
Jesus antes de multiplicar os cinco pães e dois peixes, nos ensina que
não pode haver multiplicação, sem antes haver gratidão: “E
Jesus tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu-os pelos discípulos, e os discípulos, pelos que estavam
assentados; e igualmente também os
peixes, quanto eles queriam.” (Jo
6:11)
Crentes ingratos
passam pela vida, sem verem o poder multiplicador da benção de Deus. Mas, o agradecido, vivencia a cada partir do
pão, o milagre da multiplicação. (1 Ts 5:18)(Cl 3:17)
É interessante como Deus trabalha na vida de quem é a Ele
agradecido. Quando agradecemos as
bençãos recebidas
(Sl 103:1,2), estamos preparando o caminho para mais bençãos.
Deus ve o coração agradecido, como o solo mais fértil para seus gloriosos
investimentos.
Deus trabalha assim: A gente agradece e recebe. Recebe e agradece; e porque agradece, continua recebendo. Bendito ciclo. Queridos irmãos, não interrompamos este
divino processo em nossas vidas, mas
sejamos a Ele agradecidos sempre.
No milagre que Jesus operou purificando dez leprosos de uma só vez. Jesus não desejava apenas curá-los
fisicamente, mas também salvar suas preciosas almas. Nove receberam apenas a cura para seus
corpos; mas, um que tinha o coração cheio de gratidão, voltou para render-lhe
graças. Nove receberam apenas a cura
fisica. Mas, este foi duplamente
abençoado: Foi curado da lepra
completamente e foi salvo pelo poder de Deus (Lc 17:11-19). Voltemos sempre ao Senhor para
agradecer-lhe. Não tenha dúvidas, que
ao voltarmos a Ele, mais bençãos receberemos.
3.
A Gratidão tem fragrancia
A mulher que materializou seu amor e sua honra para
com o Senhor Jesus, no jantar em Betanea, segundo o relato do evangelista
Marcos (Mc 14:3-9), nos ensina que a gratidão tem fragrancia:
“E, estando Ele em Betanea assentado à mesa,
em casa de Simão, o leproso, veio uma
mulher que trazia um vaso de alabastro, com um unguento de nardo puro, de muito
preço, e, quebrando o vaso, lho derramou sobre a cabeça.
E alguns
houve que em si mesmos se indignaram e disseram: Para que se fez este desperdício de unguento
?
Porque podia
vender-se por mais de trezentos dinheiros e dá-los aos pobres. E bramavam contra ela.
Jesus, porém, disse: Deixai-a,
para que a molestais ? Ela fez-me boa obra.
Porque sempre
tendes os pobres convosco e podeis fazer-lhes bem, quando quiserdes; mas a mim nem sempre me tendes.
Esta fez o
que podia; antecipou-se a ungir meu
corpo para a sepultura.
Em verdade
vos digo que, em todas as partes do mundo onde este evangelho for pregado, também o que ela fez será contado para sua
memória.”
Vejamos agora
as características da fragrancia da gratidão:
Primeira: A fragrancia da gratidão é preciosa
“E, estando
Ele em Betanea assentado à mesa, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher que trazia um vaso de
alabastro, com um unguento de nardo
puro, de muito preço...” (Mc
14:3)
O que é precioso para nós no sentido monetário,
significa normalmente muitos zeros e cifrões.
No entanto, o que valor para Deus, traz consigo o ouro de um coração
agradecido. Pode ocorrer de uma oferta
de alto valor nem tocar no coração de Deus.
Mas, uma oferta, como a da viúva
pobre, que certamente fará o coração de Deus se alegrar, fará sempre a diferença.
Não devemos esquecer, que aquilo que comove a Deus não
é a oferta e seu valor monetário; mas, o
coração sincero e grato do ofertante.
Segunda: A fragrancia da gratidão verte da raiz do
coração
O perfume do nardo era extraído da raiz do nardo. E, isto nos leva a pensar que a fragrancia da
gratidão verte da raíz de um coração quebrantado (Sl 51:17).
A oferta aceitável, antes de sair de nosso bolso, é
resultado de uma ação sobrenatural no coração. Vemos isto, quando da edificação do
Tabernáculo, quando Deus falou ao patriarca Moisés: “Então falou o Senhor a
Moisés, dizendo: Fala aos filhos de
Israel, que me tragam uma oferta alçada;
de todo homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a minha oferta alçada.” (Ex
25:1,2).
A oferta que procede de um coração agradecido é a que
sempre fará a diferença.
Terceira: A fragrancia da gratidão revela o quanto
amamos ao Senhor
“E, estando
Ele em Betanea assentado à mesa, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher que trazia um vaso de
alabastro, com um unguento de nardo puro, de muito preço, e, quebrando o vaso, lho derramou sobre a
cabeça.” (Mc 14:3)
Naquele vaso de alabastro, estava por certo todas as
suas economias, tudo o que possuia.
Mas, movida por amor e profunda gratidão ao Senhor, entrega-lhe sem
reservas.
É significativo e digno de nota, como o termometro de nossa disposição de
ofertarmos pode revelar claramente o quanto amamos a Deus.
Quarta: A fragrancia da gratidão que honra ao
Senhor, irrita aos ingratos e avarentos
“E alguns
houve que em si mesmos se indignaram e disseram: Para que se fez este desperdício de unguento
?
Porque podia
vender-se por mais de trezentos dinheiros e dá-los aos pobres. E bramavam contra ela.” (Mc 14:4,5)
Como é criticado, principalmente pelos ímpios, todo
crente que é liberal nos dízimos e ofertas.
Por não serem convertidos e não entenderem os princípios da lei da
semeadura, chegam a ser implacáveis em suas critícas e impropérios. Dizem, que somos loucos, fanáticos, e
estamos sendo iludidos pelo nosso pastor.
A critica dos avarentos e medíocres, não intimidou
aquela mulher. Seu coração de adoradora
e seu amor a Jesus, venceu todos aqueles ataques. Ela tinha em mente que por mais que fizesse,
ainda seria muito pouco diante de tudo o que Jesus tinha feito por ela. “Que
darei eu ao Senhor por todos os benefícios que
me tem feito
?” (Sl 116:12)
Queridos irmãos, nunca permitamos ser levados e
convencidos pelos avarentos e maus, que ao verem nossa disposição liberal,
tentam nos demover da graça de contribuir.
Mas, que imitemos esta mulher agradecida, que ignorou os tais; e como
fiel adoradora, derramou sobre Jesus toda o seu amor e gratidão.
Quinta: A fragrancia da gratidão será sempre
reconhecida pelo Senhor
“Jesus, porém, disse: Deixai-a,
para que a molestais ? Ela fez-me boa obra.
Porque sempre
tendes os pobres convosco e podeis fazer-lhes bem, quando quiserdes; mas a mim nem sempre me tendes.
Esta fez o
que podia; antecipou-se a ungir meu
corpo para a sepultura.” (Mc
14:6-8)
O Senhor não esquece jamais o ofertante agradecido: “Deus não é injusto para se esquecer da
vossa obra, e do trabalho da caridade que para com o seu nome mostrastes,
enquanto servistes aos santos; e ainda servis.” (Hb 6:10)
Sexta: A fragrancia da gratidão rompe as épocas com
seu perfume
“Em verdade
vos digo que, em todas as partes do mundo onde este evangelho for pregado, também o que ela fez será contado para sua
memória.” (Mc 14:9)
Todos sabemos que a preciosidade de um perfume depende
de dois fatores: fragrancia e tempo de fixação. Já mencionei acima um pouco a respeito da
fragrancia. Mas, sobre o tempo de
fixação desta fragrancia, o próprio Jesus vaticinou, que aquele perfume seria
percebido através dos séculos, onde fosse pregado o Evangelho.
5 GENEROSIDADE
A oferta que Deus aceita é rica em
generosidade
“Alguns há
que espalham, e ainda se lhes acrescenta mais;
e outros que
reteem mais do que é justo, mas é para sua perda.
A alma generosa engordará, e o que regar também
será regado.”
(Pv 11:24,25)
A palavra generosidade vem do Latim “generare”, que significa gerar,
produzir, frutificar. O generoso é
aquele que está sempre a gerar boas obras e a produzir frutos bons. Por sua vez, o avarento, nada gera, pois
possui uma alma estéril. Não
possue, frutos de generosidade; porque a
raiz do seu coração está sem vida e a seiva do amor secou.
Vamos agora ao Novo Testamento para observarmos
algumas
ricas verdades sobre esta palavra chave de nossa
oferta – a generosidade. Creio que os
queridos irmãos macedonios, que ensinaram, não somente a Igreja em Corinto,
mas, todas as igrejas daqueles dias; nos
ensinam ainda hoje, lições de como sermos generosos no Serviço do Rei:
“Também vos
fazemos conhecer a graça de Deus dada às igrejas da Macedonia;
Como em muita
prova de tribulação houve abundancia do seu gozo, e como a sua profunda pobreza
abundou em riquezas da sua generosidade.
Porque,
segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico), e ainda acima do seu poder,
deram voluntariamente,
Pedindo-nos
com muitos rogos a graça e a comunicação deste serviço, que se fazia para com
os santos.
E não somente
fizeram como nós esperávamos, mas a si
mesmos se deram primeiramente ao Senhor, e depois a nós, pela vontade de Deus.”
(2 Co 8:1-5)
Os irmãos
macedonios nos mostram qual é o perfil do crente generoso
1.
O
crente generoso é movido pela Graça
O apóstolo Paulo explica que a razão dos macedonios
serem tão generosos, era porque eram crentes cheios da Graça de Deus. Tudo porque, o edifício da generosidade só
pode ser construído sobre a alicerce da Graça.
A Graça é que nos torna generosos, é isto que ocorreu com os queridos
macedonios.
É notável como neste texto bíblico, aparece seguidas
vezes a palavra “graça”:
Primeiro:
Os
crentes macedonios nos ensinam que ofertar é vivenciar a Graça de Deus em nossa
vida “Também,
irmãos, vos fazemos conhecer a graça
de Deus dada às igrejas da Macedonia” (2 Co 8:1). Vemos aqui que contribuir é uma graça. Para muitos crentes avarentos e
materialistas, contribuir é matirio;
mas contribuir para o crente generoso é privilégio, é benção, é graça.
Segundo:
Os crentes
macedonios nos ensinam que a graça de ofertar deve ser prioritária na nossa
vida:
“Pedindo-nos
com muitos rogos a graça, e a
comunicação deste serviço, que se fazia para com os santos.” (2 Co 8:4)
Que lindo!
Chegaram a rogar a Paulo que também queriam ofertar aos crentes
necessitados na Judéia que passavam naqueles dias, muitas privações.
Na maioria das vezes, nós pastores, temos que rogar, e
muitos de nós, chegamos às raias da súplica veemente; para que os membros de
nossas igrejas, ofertem e dizimem.
Ouvi, até de uma atitude absurda de um pastor que queria reduzir o
dízimo de seus crentes para 5%; tendo
em vista o número crescente de crentes avarentos em seu redil.
Mas, no caso dos macedonios; nem Paulo, nem Tito, nem outro líder lhe pede
para que contribuam; mas, a graça de
Deus era tal no coração deles, que sem nenhuma coação, mas movidos pelo
Espírito de Deus, rogam a Paulo: “Não
nos deixem fora desta graça, queremos
também ofertar!
Terceiro:
Os crentes
macedonios ensinam aos crentes de Corinto, que ofertar é uma graça para ser
imitada
“De maneira
que exortamos a Tito que, assim como antes tinha começado, assim também acabasse esta graça entre vós.
(2 Co 8:6)
Primeiro Paulo fala da graça de ofertar dos irmãos
macedonios, e em seguida menciona que esta mesma graça, esta também presente na
Igreja em Corinto.
A graça tem caráter pedagógico, a Graça ensina. Permitamos ser mentorados pela Graça e nunca
pela avareza, cujo deus é Mamon.
E que tomemos por exemplo, crentes liberas e
generosos; e que nunca venhamos a nos espelhar naqueles que fecham a mão para a
Obra do Senhor, porque são escravos do dinheiro. Imitemos os irmãos macedonios, e que nunca
nos falte a mesma graça em nossa vida cristã.
Quarto:
Paulo nos
ensina que da mesma forma que devemos crescer espiritualmente, devemos crescer
de igual modo na graça de ofertar
“Portanto,
assim como em tudo abundais em fé, e em palavra, e em ciencia, e em toda
diligencia, e na vossa caridade para conosco,
assim também abundeis nesta graça.”
(2 Co 8:7)
Espiritualidade sem liberalidade é falsidade. O crescimento de nossa vida cristã deve ser
equilibrado. O que Paulo está desejando aos irmãos de Corinto, é exatamente
isto: Que sejam transbordantes na fé, na
palavra, no conhecimento, etc. Mas, que
de igual forma, transbordem em liberalidade pela graça de ofertar.
Quinto:
Em seguida
Paulo destaca o maior exemplo na graça de dar,
Nosso Senhor Jesus Cristo
“Porque já
sabeis a graça de nosso
Senhor Jesús Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecesseis.”
(2 Co 8:9)
O saudoso mestre nas Escrituras, o missionário Donald
Stamps, ao comentar este texto bíblico, disse que: “Dar de modo sacrificial,
fez parte essencial da natureza e do caráter de Jesus Cristo aqui no
mundo. Porque Ele se fez pobre; nós, agora,
participamos das suas riquezas eternas. Deus quer
uma atitude idêntica na Igreja , como evidencia da sua Graça operando em
nossas vidas.”
Somente entenderemos a profundidade da graça de
ofertar, quando assimilarmos o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus.
2.
O
crente generoso é verdadeiramente rico
“Como em
muita prova de tribulação houve abundancia do seu gozo, e como a sua profunda
pobreza, abundou em riquezas da sua generosidade.” (2 Co 8:2)
Os crentes da Judéia estavam vivendo momentos de muita
privação material. Tal fato, fez com que
as igrejas se mobilizassem em um grande mutirão de generosidade para ajudá-los
naquela hora tão difícil.
O que é surpreendente, é o ingreso nesta lista de
igrejas solidárias: as igrejas da
Macedonia. Porque os crentes macedonios
eram tão pobres, quanto aos crentes da Judéia;
mas, mesmo sendo muito pobres, se apresentaram como os mais ricos,
porque eram ricos em generosidade.
Notemos o quanto eram financeiramente pobres, a ponto de Paulo dizer: “a sua profunda pobreza” (2 Co 8:2). Mas, esta condição de extrema pobreza não os
impediu de serem ofertantes em potencial, porque eles transbordavam em riquezas
de generosidade.
3.
O
crente generoso excede sempre no ato de dar
“Porque, segundo o seu poder (o que
eu mesmo testifico), e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente.”
(2 Co 8:3)
Exceder
no ato de dar, vai além do exceder em valores monetários. Um crente que ganha um pequeno salário pode
exceder em muito àqueles que não ofertam motivados pelo amor e pela Graça de
Cristo, que diga a viúva pobre que por ser generosa, excedeu a todos aqueles
ricos no ato de dar:
“E, estando Jesus assentado defronte
da arca do tesouro, observava a maneira como a multidão lançava o dinheiro na
arca do tesouro; e muitos ricos deitavam muito.
Vindo, porém, uma pobre viúva, deitou
duas pequenas moedas, que valiam um quadrante (um centavo).
E, chamando os seus discípulos,
disse-lhes: Em verdade vos digo que esta
pobre viúva deitou mais do que todos os que deitaram na arca do tesouro;
Porque todos ali deitaram do que lhes
sobejava, mas esta, da sua pobreza, deitou tudo o que tinha, todo o seu
sustento.” (Mc
12:41-44)
4.
O
crente generoso é sempre um ofertante voluntário
“...deram
voluntariamente.”
(2 Co 8:3)
Os crentes macedonios não contribuiram por obrigação e
nem por coação. Mas, se dispuseram a
ofertar com alegria, e isto fizeram espontaneamente.
Quando da edificação do Tabernáculo, o coração dos
israelitas se dispuseram a contribuir: “E veio todo homem, a quem o seu coração
moveu, e todo aquele cujo espírito voluntariamente o impeliu, e trouxeram a oferta alçada ao Senhor para a
obra da tenda da congregação, e para todo o seu serviço, e para as vestes
santas.” (Ex 35:21)
A memorável pergunta do rei Daví ainda soa em nossos
ouvidos hoje: “...Quem, pois, está disposto a encher a sua mão, para oferecer hoje
voluntariamente ao Senhor ?” (1 Cr 29:5)
5.
O
crente generoso antes de dar sua oferta, se dá primeiro ao Senhor
“E não
somente fizeram como nós esperávamos, mas a si mesmos se deram primeiramente ao
Senhor, e depois a nós, pela vontade de Deus.” (2 Co 8:5)
Para Deus, o ofertante sempre precede a sua
oferta. Que valor terá uma oferta cujo
ofertante não se deu primeiro ao Senhor?
Por certo valor algum.
Quando entregamos nossas ofertas e dízimos, que tudo
isto seja sempre precedido por nossa entrega total a Deus. Que valor tem nossa oferta para Deus, se o nosso coração e nossa vida não lhe
pertencem ?
Seja a nossa contribuição, o bendito éco de nossa
rendição a Cristo; e que ao trazermos o que temos, possamos dizer:
- Damos a Ti,
porque pertencemos a Ti !
Antes de dizer,
traga-me a tua oferta, o Senhor está dizendo:
“Dá-me, filho meu, o teu coração...” (Pv 23:26)
6.
O
crente generoso é alvo das bençãos de Deus
Falando das bençãos sobre o crente generoso no Reino,
o apóstolo Paulo reitera:
“E, digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também
ceifará; e o que semeia em abundancia,
em abundancia também ceifará.
Cada um contribua segundo propôs no
seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.
E Deus é poderoso para fazer abundar
em vós toda a graça, afim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiencia,
abundeis em toda a boa obra.
Conforme está escrito: Espalhou,
deu aos pobres; a sua justiça
permanece para sempre.
Ora,
Aquele que dá a semente ao que semeia, e pão para comer, também multiplicará a vossa sementeira, e
aumentará os frutos da vossa justiça.
Para em tudo enriqueçais para a toda
beneficencia, a qual faz que por nós se
deem graças a Deus.” (2 Co 9:6-11)
O meu querido amigo do coração, pastor Valdir Medeiros
contou-me um lindo e comovente testemunho, a respeito de como Deus galardoa o
coração generoso:
Há muitos anos atrás, um pastor foi convidado para
ministrar em uma cidade distante. Mesmo
com pouquissimos recursos, reuniu o dinheiro para pagar a passagem de trem. Chegou a tempo, e com muita graça pregou a
Palavra. Vidas foram salvas e libertas, e Deus renovou sua Igreja.
Pretendia voltar para sua cidade, logo pela manhã;
pois, o trem saía às seis horas da manhã.
Esperava que o líder da igreja que o convidara, lhe desse uma oferta
para cobrir as despesas da viagem e também lhe desse hospedagem naquela noite fria, o que não ocorreu.
Após o término do culto, todos foram embora, cada um
para sua casa; e o desprezado arauto ficou em frente ao templo, surpreso pelo
descaso e falta de amor fraternal do pastor daquela igreja. No entanto, não reclamou, não murmurou, não abriu sua boca. Pensou consigo: Deus sabe o que faz... O jeito é dormir no
banco da estação, e por lá esperar o trem de amanhã. Quando se dirige à estação, encontra numa
esquina alguns irmãos da igreja que parados conversavam. Então teve uma idéia de perguntar para eles
onde ficava um hotel por ali. Tinha a
esperança, que se tocassem, e lhe convidassem para hospedá-lo na casa de um
deles, pois dinheiro para hotel não possuía.
Mas, para sua tristeza, eles responderam:
- Pastor, o
senhor desce esta rua; logo a frente tem
um hotel.
Ele agradece aos irmãos e segue seu caminho para a
estação de trem. Quando, de repente um
irmão vem correndo atrás e lhe pergunta:
- Pastor,
ninguém lhe hospedou? Isto não se faz com um profeta do Senhor... Pastor, onde
o senhor está indo?
- Estou indo
dormir na estação, porque o trem sai às
seis horas da manhã – responde o pastor.
Imediatamente, o irmão oferece com todo amor sua casa:
- Pastor, sou o mais pobre da igreja. Minha casa tem
só um cômodo, é muito simples. Pastor,
venha comigo, o senhor não vai passar a noite no frio. Minha pequena casa é sua pastor!
Ao chegarem, a esposa deste generoso irmão faz um
café, todos se alimentam e se alegram na comunhão no Senhor.
O pastor louva a Deus pela vida daquela família, que
seguindo o exemplo dos crentes macedonios, que da profunda pobreza abundaram em
riquezas da sua generosidade (2 Co 8:2)
Pela manhã, novamente, após mais um abençoado café,
aquele querido irmão e sua familia se despedem do pastor. Ele ora por todos e segue sua viagem de
regresso.
Muitos anos depois, este mesmo pastor é convidado para
pregar em uma outra cidade. Após a
ministração, um irmão muito bem vestido vem ao seu encontro, lhe cumprimenta e
lhe pergunta:
- O senhor se lembra de mim? Eu sou aquele irmão que naquela noite,lhe
hospedei em meu casebre... Pastor, Deus
me prosperou; hoje tenho várias fazendas e sou um empresário bem sucedido para
a glória de Deus.
O pastor abraça emocionado o irmão, e lhe pergunta:
- Querido
irmão, louvo a Deus porque Deus tem lhe prosperado! Mas, nestes anos, fiquei com uma pergunta,
deste quando estive em sua casa naquela noite:
Eu notei, que a sua casa tinha apenas um comodo. E, que o irmão e sua
esposa me cederam a cama de voces para que eu pudesse dormir; notei também, que seus filhos dormiam no
outro canto da casa. Lembro-me que o
irmão e sua esposa, saíram, não os vi
dentro da casa; onde os irmãos foram?
Onde voces dormiram? Voces foram para
casa de algum vizinho ou parente? Onde voces passaram a noite?
O irmão com o rosto banhado em lágrimas respondeu:
- Pastor,
grande foi a honra de recebe-lo em nossa
casa, apesar de tão humilde e tão
pobre. Mas, naquela noite, saí com
minha esposa, e nos assentamos em um pequeno banco do lado de fora, e ali
passamos a noite falando das coisas de Deus, até que o dia nascesse e o amado
pastor pudesse descansar.
O que
fizemos, fizemos com alegria e amor!
Imaginai o Pentecóste deste maravilhoso reencontro
entre o profeta e este crente generoso.
Após o abraço recheado de lágrimas e línguas estranhas,
o pastor acrescentou:
- As bençãos
derramadas hoje na sua vida meu irmão, é o resultado de seu amor e de sua generosidade.
"Mais bem-aventurada coisa é dar do que
receber"(At 20:35)
Conta-se que certo crente, no
momento do ofertório, cantava com toda eloquencia o famoso hino:
"Se o
mundo inteiro fosse meu, Eu o daria ao Redentor". Mas, enquanto cantava, tinha a mão no bolso procurando diligentemente a menor moeda para ofertar.
Jamais esqueçamos que tudo é regido pela lei da doação: as nuvens dão a
chuva, o Sol dá seus vivificantes raios luminosos, as plantas dão as flores,
sombra e frutos, a terra dá seu fruto e alimenta o homem, os mares e os rios
devolvem a água que recebem, liberando-a em forma de vapor, que as nuvens
acolhem e dão de novo, em um interminável ciclo de doação.
Toda a criação entende a bênção
de dar. Todo o universo jamais interrompe a linguagem do dar; enquanto nós, muitas vezes, pela avareza,
interrompemos o ciclo. E como
censequencia, não provamos o derramar das abundantes bençãos que Deus destinou
aos corações generosos.
6 PRIMAZIA
A oferta que agrada a Deus é aquela em que o ofertante prioriza Deus e seu Reino
Em 2 Cronicas 2,
o rei Salomão nos concede preciosas lições de que devemos colocar Deus e
seu Reino em primazia em nossa escala de prioridades, vamos a elas:
1. Eu decido se vou dar a primazia a Deus ou
não. Note o que diz
o texto bíblico: “E determinou Salomão
edificar uma Casa ao Nome do Senhor...”(2 Cr 2:1) Ninguém o fará por mim; devo decidir a colocar Deus em primeiro lugar.
O querido amigo,
pastor Abraão de Almeida, contou-me que certa feita foi convidado para o aniversário de um amigo
seu, um irmão presbiteriano. Para
externar seu carinho e seu apreço, levou um presente ao aniversariante. Mas, este irmão era tão fiel a Deus em seus
dízimos; que logo ao receber o presente,
perguntou reservadamente ao pastor Abraão:
- Meu caro
irmão, seria possível saber o valor deste presente ? Sei, que não é usual procurar saber isto.
Mas, por favor meu irmão, eu preciso saber para entregar o dízimo que pertence
a Deus!
2.Se desejo
dar a primazia a Deus, a Casa dele vem
antes da minha:
“E determinou
Salomão edificar uma Casa ao Nome do Senhor, como também uma casa para o seu
reino.” (2 Cr 2:1)
A título de observação, nota-se no primeiro Livro dos
Reis, que no capítulo 6, Salomão edifica a Casa de Deus (Para ele, priorizar a
Deus significa: Primeiro o Senhor e sua Obra);
e somente no capítulo seguinte, o capítulo 7, Salomão constrói sua casa.
É evidente que quando coloco o Senhor e seu Reino em
um plano secundário em minha vida, estou dizendo: “Senhor, primeiro vem as minhas coisinhas, se sobrar tempo e dinheiro,
depois eu faço algo para ti”.
Voce sabia que a honra tem como um de seus fundamentos
– a primazia para o alvo de nossa honra (Mt 6:33).
Deus continua dizendo: “Se voce cuidar da minha Casa, Eu cuido da tua!”
3.Todo aquele
que dá a primazia a Deus e seu Reino, quer sempre dar o seu melhor:
“E a Casa que
estou para edificar há de ser grande, porque o nosso Deus é maior do que todos
os deuses.” ( 2 Cr 2:5)
Soube de um irmão que doou um carro estragado para uma
igreja, e no mesmo pacote veio os débitos de IPVAs vencidos, e mais de 20
multas. Isto não é oferta, isto é presente
de grego.
E, aqueles
nossos abençoados irmãos, que ao ouvirem um apelo para socorro aos
necessitados, entulham o departamento de Assistencia Social da igreja, com
trapos e farrapos, com sapatos furados e sem cadarços, calças rasgadas, camisas cujos colarinhos
parecem que passaram pela casa do rato,
agasalhos tão desbotados que não servem para vestir nem espantalho de
roça. Estes “queridos”, muitas vezes, ainda tocam trombeta, e dizem para todo mundo que estão
ajudando a Obra de Deus.
Uma das virtudes que muito aprecio no meu querido
amigo, pastor Silas Malafaia, é o seu constante desejo de fazer o trabalho do
Senhor com excelencia. Todos os que o
conhecem de perto, sabem que tudo o que vai fazer, tem a marca da excelencia. Ao atender a visão dada por Deus
para abrir igrejas pelo torrão brasileiro, sempre nos diz: “Não
vamos abrir portinhas, templos caindo aos pedaços, vamos fazer o melhor, vamos fazer com
excelencia, é para Deus! E, para Deus o melhor !”
Salomão amava a excelencia, e assim construiu a Casa de Deus.
Em 2 Cronicas 2:7, lemos que ele usou a melhor mão de obra, os melhores profissionais da
época. “Manda-me, pois, agora um homem sábio para trabalhar em ouro, e em
prata, e em bronze, e em ferro, e em púrpura, e em carmezim, e em azul; que saiba lavrar ao buril, juntamente com os sábios que estão comigo em
Judá e em Jerusalém, os quais Daví, meu pai preparou.”
Em 2 Cronicas
2:8, diz que ele usou o melhor
material. Nada de madeira velha, de
segunda; nada de madeira carunchada ou
podre. Salomão usou o melhor. Porque quem honra faz o melhor ! “Manda-me
também madeira de cedros, faias, e
algumins do Líbano...”
Jamais esqueço de uma linda experiencia que
experimentei do Senhor, quando trabalhava pastoreando uma pequena igreja na
cidade de Lakeland, no Estado da Florida, Estados Unidos. Tinhamos poucos recursos, e não podíamos
pagar alguém para fazer a limpeza do templo.
Então, fazia com minha querida esposa Elienai, todo trabalho de limpeza
da Casa de Deus.
Certo dia, quando estava lavando os banheiros; estava
ajoelhado para facilitar a limpeza do vaso sanitário; ouvi nitidamente a voz do Senhor:
- Meu servo,
voce ama pregar a minha Palavra ?
- Sim,
Senhor! Tu sabes que prego tua Palavra
com todo amor que tenho por Ti Senhor. – lhe
respondi.
O Senhor então, disse-me mais:
- Marcos, Limpe
este banheiro como voce prega! Porque
isto voce também está fazendo para mim.
Honrar e priorizar a Deus e sua Obra, significa darmos
o nosso melhor para Ele.
Em 2 Cronicas
2:9, aprendemos com Salomão, que somente quem dá a primazia ao Senhor e ao
seu Reino, consegue vislumbrar as grandiosas bençãos que virão certamente.
“... porque a
Casa que estou para fazer há de ser grande e maravilhosa.”
1.
Todo
aquele que dá a primazia a Deus e seu Reino, jamais dá a sobra ao Senhor
Provérbios 3:9, nos fala de honrar ao Senhor
com todos os nossos bens e com as
“primicias” de toda a nossa renda.
E, primicias falam de primeiros frutos,
primeira produção, Os primeiros animais que nascem de um rebanho. Tanto é que Abel trouxe para Deus suas
primicias: “Abel, por sua vez, trouxe das primícias
do seu rebanho e da gordura deste.
Agradou-se o Senhor de Abel e de sua oferta.” (Gn 4:4)
Pastor
Valdomiro Mota, conta que fora convidado para almoçar na casa de um irmão de
sua igreja. No caminho para o almoço,
pastor Valdomiro perguntou ao irmão, se o mesmo era dizimista.
A
resposta foi imediata:
- Como ser dizimista, se nunca
sobra... O dia que sobrar, então eu
dizimarei.
Após
terem almoçado, o pastor, pegou prato por prato da mesa, e foi colocando todas
aquelas sobras, em seu prato; e insinuou
que ia comer. O irmão, na mesma hora o
interpelou:
- Por favor pastor! Temos comida em abundancia, porque o senhor quer a sobra?...
Pastor
Valdomiro responde-lhe com singular sabedoria:
- Não, meu irmão, não pretendo comer a
sobra. A caminho de sua casa, o irmão me disse que o dia que sobrar, então
o irmão dizimaria para Deus. Eu sou seu
pastor, humano, mortal e limitado; para
mim voce não concorda em dar a sobra...E, como voce quer dar a sobra pra Deus ?
Todos já ouvimos falar na famosa Aveia Quaker em, mas
poucos sabem quem fundou a empresa ou conhecem a história de sua prosperidade.
Há mais de cem anos, Henry P. Crowell contraiu tuberculose e ficou sabendo que nunca concretizaria sua ambição de tornar-se pregador. Depois de ouvir um sermão de Dwight L. Moody, ele orou: "Senhor, não posso ser pregador, mas posso ser um bom comerciante. Se me permitires ganhar dinheiro, eu o usarei para Teu Serviço."
Um médico aconselhou o jovem Crowell a trabalhar ao ar livre. Ele seguiu o conselho e, depois de sete anos, reconquistara a saúde. Comprou então o pequeno e desmantelado moinho Quaker, em Ravenna, Estado de Ohio. O empreendimento prosperou e, leal à sua promessa, Crowell devolveu fielmente o dízimo. Dentro de dez anos, a Aveia Quaker era um nome conhecido. Durante os 40 anos seguintes, Crowell deu 60 a 70 por cento de sua renda para a causa de Deus!
Henry P. Crowell é um fiel exemplo de que aquele que coloca Deus e sua Obra em primazia, será alvo certo do derramar das bençãos.
Há mais de cem anos, Henry P. Crowell contraiu tuberculose e ficou sabendo que nunca concretizaria sua ambição de tornar-se pregador. Depois de ouvir um sermão de Dwight L. Moody, ele orou: "Senhor, não posso ser pregador, mas posso ser um bom comerciante. Se me permitires ganhar dinheiro, eu o usarei para Teu Serviço."
Um médico aconselhou o jovem Crowell a trabalhar ao ar livre. Ele seguiu o conselho e, depois de sete anos, reconquistara a saúde. Comprou então o pequeno e desmantelado moinho Quaker, em Ravenna, Estado de Ohio. O empreendimento prosperou e, leal à sua promessa, Crowell devolveu fielmente o dízimo. Dentro de dez anos, a Aveia Quaker era um nome conhecido. Durante os 40 anos seguintes, Crowell deu 60 a 70 por cento de sua renda para a causa de Deus!
Henry P. Crowell é um fiel exemplo de que aquele que coloca Deus e sua Obra em primazia, será alvo certo do derramar das bençãos.
Quem já não ouviu falar no creme
dental Colgate. O dentifrício é apenas um dos produtos das indústria, hoje
denominada Colgate-Palmolive, cuja história remonta a 1806, nos Estados Unidos.
William Colgate (1783-1957),
filho de uma família de imigrantes ingleses, residentes no interior dos EUA,
era ainda muito jovem quando foi tentar a vida em Nova Iorque. Criado em um lar
protestante, já conhecia as Escrituras, mas foi longe de casa que as palavras
de Jacó, registradas no texto de Gênesis 28:20-22, calaram fundo em seu
coração. Decidido a colocar Deus em primeiro lugar em sua vida, fez um voto
semelhante ao do patriarca bíblico e prometeu que daria ao Senhor o dízimo de
cada dólar que conseguisse ganhar, quando começou a trabalhar em uma pequena
manufatura de sabão.
Dois anos depois, William
Colgate decidiu começar um negócio próprio, fabricando velas e sabões. À época,
esses produtos eram tradicionalmente feitos em casa, para consumo próprio, mas
o jovem estava determinado a apostar nesse mercado, ainda que incipiente, e foi
em frente. Apostando na qualidade de suas mercadorias e nos preços acessíveis
aos consumidores em geral, em poucos anos já estava produzindo além de sabões,
outros artigos para higiene pessoal.
Sempre fiel nos dízimos, com o
crescimento da empresa, mandou que seu contador abrisse o que chamou de
"conta do Senhor", para onde deveriam ser destinados rigorosamente
10% de todo o faturamento da empresa. Conforme os negócios prosperavam, ele
passou a creditar naquela "conta" 20% do faturamento, depois 30%,
40%, e, por fim, 50% dos lucros de sua empresa eram dedicados ao Senhor e à Sua
Obra.
Instituições evangélicas -
principalmente agências missionárias, além de universidades e seminários
teológicos norte-americanos - foram grandemente beneficiadas pelo diácono
William Colgate, como era conhecido. A prosperidade jamais abandonou, e ele era
conhecido como um dos homens mais ricos de Nova Iorque no século 19.
Depois de sua morte, seus
filhos, também cristãos fiéis, continuaram a ofertar liberalmente para a obra.
Hoje, 200 anos depois, o empreendimento iniciado por ele, embora já não siga os
mesmos princípios, continua a existir, e seu exemplo de vida tornou-se uma
fonte inspiradora para cristãos de todo o mundo.
Colgate é um exemplo para todos aqueles que desejam ter, a primazia para Deus, como a marca em seus dízimos e ofertas.
2. A primazia que eu der para Deus e sua Obra, fará que
minha oferta seja oferta de vida e não de morte.
Notemos que a princípio, a viúva declara sua trágica
situação, quando a Palavra de Deus pela boca de Elias, a desafiava a priorizar
o Senhor com o pouquissimo que tinha: “E, indo ela buscá-la, ele a chamou e lhe
disse: Traze-me agora, também um bocado
de pão na tua mão.
Porém ela
disse: Vive o Senhor, teu Deus, que nem um bolo tenho, senão
somente um punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite numa botija; e, ves aqui, apanhei dois cavacos e vou prepará-lo para mim e para
o meu filho, para que o comamos e morramos.”
(1 Rs 17:11,12).
Em ato contínuo,
o profeta Elias a encoraja e lança o desafio de fé: “E,
Elias lhe disse: Não temas, vai e faze conforme a tua palavra; porém faze disso primeiro para mim um bolo
pequeno e trazemo para fora; depois
farás para ti e para teu filho.
Porque assim
diz o Senhor, Deus de Israel: A farinha da panela não se acabará, e o azeite da
botija não faltará, até ao dia em que o
Senhor de chuva sobre a terra.” (1
Rs 17:13,14)
A Palavra de
Deus é clara neste texto bíblico; que a
nossa oferta pode ser oferta de vida ou oferta de morte. Aquela pobre mulher é quem nos mostra esta
verdade; ela declarou ao profeta que
faria aquele último bolo para ela e para seu filhinho, e esperariam a
morte, pois havia fome na terra. Aquele punhado de farinha e aquele bocado de
azeite, ilustra muito bem o que significa uma oferta de morte. Que é exatamente a oferta que não é
entregue, mas é comida. Quantos crentes
que comem a semente; e por isso não colhem, não são abençoados e morrem. Aquela pequena porção de farinha e azeite,
era a semente para salvar aquela viúva e seu filho da miséria e da escassez.
Ela decide com fé: Minha
oferta não é de morte, mas de vida! Sem
titubiar, faz conforme a Palavra do Senhor:
“E foi ela e fez conforme a
palavra de Elias; e assim comeu ela, e
ele, e a sua casa muitos dias.
Da panela a
farinha se não acabou, e da botija o azeite não faltou, conforme a Palavra do
Senhor, que falara pelo ministério de Elias.”
(1 Rs 17:15,16)
Que sejamos
fieis ao Senhor para que nossa oferta
seja sempre de vida e nunca oferta de morte.
É digno de
nota mencionar, que a princípio ela iria preparar um bolo para comer com seu
filho. Seria o último e pequeno
bolo. Mas, como ela semeou no Reino de
Deus; o Senhor fez a semente
multiplicar. Dizem os estudiosos que
da profecia de Elias até quando as chuvas voltaram a cair sobre a terra,
somaram-se aproximadamente 2 anos; 730
dias. Partindo da informação
histórica, que naquele tempo era usual,
se fazerem duas refeições ao dia (1 Rs 17:6),
então teremos a cifra de 1460 bolos.
Que milagre extraordinário! Que
tremendo, por 2 anos ir duas vezes ao dia até a panela e tirar farinha, e de
igual modo na botija, e encontrar azeite.
A oferta de morte nos faz comer um bolo
apenas. Mas a oferta de vida, traz para
nós a benção da provisão de Deus pelo
milagre da multiplicação.
7 ADORAÇÃO
A oferta que Deus aceita é a materialização
de nossa sincera adoração
“...e prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, lhe
ofertaram dádivas: ouro, incenso e mirra.” (Mt 2:11)
Duas palavras são inseparáveis no contexto das
Sagradas Escrituras: Adoraração e Dádiva.
Bem verdade que alguém possa dar sem adorar. No entanto, é impossível adorar sem dar.
Vamos tomar alguns pontos de reflexão sobre a adoração
como base motivadora do ofertar que Deus aceita:
1.
Quem
adora ao Rei, traz presentes para o Rei
(Mt 2:1-12)
Este texto
bíblico se refere aos magos que vieram do Oriente, a procura do Rei Jesus que
nascera em Belém de Judá. Estes magos
ilustram com bastante nitidez o perfil de um verdadeiro adorador:
1.1
O
verdadeiro adorador não mede sacrifícios para servir ao Senhor.
Eles
vieram de terras longínquas, há centenas de kilometros de Israel. Mas, motivados por alguma revelação
profética da parte de Deus; saíram de
sua cidade, e de comum acordo, empreenderam uma grande e desafiadora viagem até
a terra do Senhor.
Por
certo, ao longo da jornada, foram
convidados pelo desanimo a voltarem ao lar;
certamente as agruras do caminho pelo deserto os abatera muitas
vezes. Mas, a esperança de encontrar o
Rei para prestarem adoração, era sempre maior que qualquer desafio e
dificuldades que se apresentavam no percurso.
Estes
magos ilustram muito bem, aqueles crentes, que por amarem profundamente a Deus,
enfrentam desafios de toda ordem e vencem muitas vezes o cansaço, para estarem
na Casa de Deus, prestando seu culto.
É
sempre emocionante lembrar, dos queridos irmãos, que nos lugares mais
distantes, caminham muitos kilometros
(muitas vezes pelo meio das matas), para irem ao culto, adorar ao Rei.
Nunca
me esqueci, do que ouví recentemente de um irmão filho de um pastor pioneiro no
Estado do Paraná, que me disse:
- “Meu pai viajava a pé, 40
Kilometros para dirigir um culto.
Muitas vezes, enfrentando frio e chuva;
e eu hoje, tenho dois carros na garagem, e muitas vezes tenho preguiça
de vir adorar a Deus em sua Casa.”
1.2
O
verdadeiro adorador é dirigido pelo Céu
“E
perguntaram: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus ? Porque vimos a sua estrela no Oriente e
viemos adorá-lo.” (Mt 2:2)
“E,
tendo eles ouvido o rei, partiram; e eis
que a estrela que tinham visto no Oriente ia adiante deles, até que, chegando, se deteve sobre o lugar
onde estava o menino.
E, vendo eles
a estrela, alegraram-se muito com grande
júbilo.” (Mt 2:9,10)
Aqueles
magos não tinha a mão nenhum instrumento de orientação para viajarem. Nem sequer um mapa que os conduzisse com
segurança. Mas, Deus proveu para eles
um sinalizador perfeito – uma estrela.
Conforme ela sinalizava o rumo, assim seguiam. Não erraram a
direção, mas vieram pelo caminho traçado
pelo céu.
Costumo
dizer que como Igreja do Senhor na Terra, Deus nos deu um divino “GPS”, que é o bendito Espírito Santo: Guia Para Sempre. “Mas,
quando vier aquele Espírito da Verdade, ele vos guiará em toda a verdade...”
(Jo 16:13)
Quando
com minha família, trabalhamos como missionários na Alemanha (nos anos 95 e
96), ganhamos para Jesus um querido africano de Angola, o irmão Job Pedro. Ele nos contou que na região de Benguela,
Angola; possuia dois tios crentes em
Jesus, obreiros do Evangelho – que trabalhavam juntos como pescadores. Certo dia,
foram apanhados em alto mar, por uma grande tempestade. Tal foi a tormenta, que os fez perder o rumo
de volta para casa. Ficaram perdidos
no alto mar, por quinze dias. E, quando
já se encontravam completamente exauridos e sedentos, pois, toda a água potável
tinha acabado; dobraram os joelhos no
pequeno barco, e clamaram ao Senhor:
- Senhor, nos envie socorro, se não, aqui
morreremos!
De
repente, uma luz muito forte brilha no céu,
e pouco a pouco se aproxima deles, e pára sobre o barquinho. Em seguida aqueles dois servos de Deus,
ouvem um voz forte que saía daquela luz, que lhes dizia:
- Peguem os baldes e os encham com a
água do mar.
Ao
obedecerem a voz ao Senhor, enchendo todos os baldes que tinham; ouviram em seguida novamente:
- Agora bebam da água dos baldes.
E
para grande alegria, provaram de água doce, água potável da melhor
qualidade. Depois de reconfortados e
animados; em ato contínuo, o Senhor lhes recomenda:
- Agora, sigam a luz!
Imediatamente,
a luz começou a deslocar-se; e os dois
irmãos, cada um com seu remo, foram seguindo a luz. Depois de horas remando, de repente, um
deles dá um efusivo brado de alegria:
- Glória a Deus ! Olha lá a nossa
casa! Estamos chegando! Glória a Deus !
1.3
O
verdadeiro adorador materializa sua adoração na sua oferta
“E, entrando
na casa, acharam o menino com Maria, sua Mãe, e, prostrando-se, o
adoraram; e, abrindo os seus
tesouros, lhe ofertaram dádivas: Ouro, incenso e mirra.” (Mt 2:11)
Com
os magos do Oriente aprendemos que o ato de ofertar deve ser precedido pela sincera
adoração. Biblicamente, não
recomendável o serviço preceder a adoração.
Pois, a Palavra nos ensina que a adoração sempre deve anteceder qualquer
trabalho que intentamos fazer para Deus.
Notemos o que Jesus disse ao diabo em Mateus 4:10 “...Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele servirás.” Primeiro Jesus fala de adorar e depois de
servir, porque segundo a Palavra, a adoração deve sempre preceder o serviço.
O
que Deus espera, é que antes de abrirmos o bolso, nosso coração esteja aberto
primeiro para Ele.
É
significativo, se observar esta verdade bíblica nos magos do Oriente, que poderiam chegar, e abrirem seus tesouros,
ofertarem ao Rei, e depois o adorarem.
Mas,
isto não ocorreu. Primeiramente, eles se
prostram (como fiéis suditos diante de seu potentado); em seguida começam a adorar, para depois
abrirem seus tesouros e ofertarem.
Quando
todos os crentes entenderem e praticarem esta verdade; algo de grandioso começará a acontecer. Bençãos sem medida serão derramadas. Promessas
grandiosas serão cumpridas, e uma
colheita extraordinária ocorrerá, fruto da semeadura feita com adoração.
2. Quem adora a Deus, traduz pela oferta
o valor de sua adoração
“E
aconteceu, ao cabo de dias, que Caim
trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor.
E
Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para sua
oferta.
Mas
para Caim e para a sua oferta não
atentou. E, irou-se Caim fortemente, e
descaiu-lhe o seu semblante.
E
o Senhor disse a Caim: Por que te
iraste ? E por que descaiu o teu
semblante ?
Se
fizeres bem, não haverá aceitação para
ti ? E, se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e para ti será o teu
desejo, e sobre ele dominarás.” (Gn 4:3-7)
2.1
Por que Deus rejeitou a oferta de Caim:
Primeiro: Porque Caim ofertou sem adorar
Este tipo de oferta não agrada a
Deus. Já ouvimos o ensino erroneo, de
que Deus não aceitou a oferta de Caim, por ser fruto da terra; e aceitou a
oferta de Abel, por ser a primícia do seu rebanho. Deus antes de olhar para a oferta, olha
para o ofertante, se este, tem coração de adorador.
Acredito que em muitos templos se
oferta sem adorar a Deus. Penso que
isto ocorre, resultado da falta de ensino bíblico correto a respeito; que fez com que boa parte de nosso povo
nestes anos, entendesse de forma errada,
que o momento das ofertas no culto, estava dissociada do culto.
Que
pasmem os que ainda pensam assim, ao
saberem que o culto no Tabernáculo, e posteriormente no Templo, se resumia em
ofertas. Pois toda a adoração se
materializava em ofertas. “Dai ao Senhor a glória devida ao seu
Nome; trazei oferendas e entrai nos
seus átrios.” (Sl 96:8)
Segundo: Porque o coração de Caim não estava na
oferta
Quando o nosso coração não está na
oferta, ofertamos por costume
apenas; e não raras vezes, externamos no gazofilácio, nosso egoísmo e
avareza.
Quando o ofertante se funde na sua
oferta, isto é; quando o seu coração é entregue com sua oferta, tem a aprovação daquele que sonda os nossos
corações.
Terceiro: Porque o coração de
Caim estava cheio de ódio pelo seu irmão
Quando Deus
não atenta para Caim e para sua oferta, e este fica fortemente irado contra seu
irmão Abel; e se observa que imediatamente Deus em sua misericórdia, dá a
oportunidade para Caim fazer novamente tudo direito: “Se
fizeres bem, não haverá aceitação para ti?...” (Gn 4:7). E para Caim, fazer direito, seria
primeiramente pedir perdão a Deus e se humilhar de todo o coração (Is 57:15), e
em seguida procurar seu irmão e lhe pedir perdão sinceramente. Feito isto, tomaria a sua oferta e a
apresentaria ao Senhor.
Quantos
ofertantes em nossos dias, que se apresentam reprovados diante do Senhor,
porque não perdoam seu próximo. Jesus
nos ensina, que sem perdão e reconciliação, Deus não aceita a nossa
oferta: “Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares de que
teu irmão tem alguma coisa contra ti.
Deixa ali diante do altar a tua
oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem,
e apresenta a tua oferta.” (Mt
5:23,24)
Quarto: Por que Caim era do maligno
Nossa oferta de adoração não pode ser aceita por Deus,
se estamos comprometidos com o diabo.
“Não como
Caim, que era do maligno...”
(1 Jo 3:12)
2.1 Por que Deus aceitou a oferta de Abel ?
Primeiro: Porque Abel antes de
dar sua oferta, se deu primeiro ao Senhor
É significativa a expressão do texto
bíblico, que em tempo algum declara ter Deus atentado para a oferta e depois
para Abel: “E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua
gordura; e atentou o Senhor para Abel e para sua oferta.”
Segundo: Por que a oferta de Abel
foi semeada com fé
“Pela fé, Abel ofereceu a Deus
maior sacrifício do que Caim, pelo qual
alcançou testemunho de que era justo,
dando Deus testemunho de seus dons, e, por ela, depois de morto, ainda fala.” (Hb 11:4)
Terceiro: Porque Abel sabia que
a melhor oferta é um coração quebrantado e contrito diante de Deus
“Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não
desprezarás, ó Deus.” (Sl 51:17)
Abel nos
ensina, que antes de abrirmos o nosso bolso, devemos abrir o nosso coração
inteiramente. E, não somente
abri-lo, mas, rasgá-lo diante dEle: “E rasgai
o vosso coração, e não as vossas vestes.,
e convertei-vos ao Senhor, vosso Deus;
porque Ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em beneficência e se arrepende do
mal.” (Jl 2:13)
3. Preciosas lições sobre adoração com os vinte e
quatro anciãos
O apóstolo
João, ao entrar na sala do Trono,em Apocalipse 4, vislumbrou o mais precioso
cenário de adoração a Deus.
Dos vinte e quatro anciãos (que são sem dúvida, seres
angelicais de elevada hierarquia nos céus) , podemos aprender uma verdadeira
aula sobre adoração:
Primeira
lição: Proximidade de Deus é uma das
características do verdadeiro adorador
“E ao redor
do trono havia vinte e quatro tronos; e
vi assentados sobre os tronos vinte e quatro anciãos...”
(Ap 4:4)
Muitos
crentes imaginam serem adoradores, em decorrência de virem ao templo, uma ou
duas vezes na semana. Mas, a adoração
segundo Deus, é mais do que um tempo na
igreja, cantando louvores. A adoração é
mais do que um momento de culto, é um estilo de vida. Tanto é, que a palavra adoração no Hebraico,
significa curvar-se e render-se completamente ao Senhor.
Segunda
Lição: Santidade é a virtude essencial do verdadeiro
adorador
É significativa a expressão da palavra ao descrever as
vestes dos vinte e quatro anciãos: “...vi assentados sobre os tronos vinte e
quatro anciãos vestidos de vestes brancas...” (Ap 4:4)
Como adorar ao Rei com as vestes
sujas ? Impossível. Adoradores verdadeiros lavam suas vestes
espirituais no Sangue do Cordeiro: “Mas, se andarmos na Luz, temos comunhão uns
com os outros, e o Sangue de Jesus Cristo seu Filho, nos purifica de todo o
pecado.” (1 Jo 1:7)
“Bem
aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no Sangue do Cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida e
possam entrar na cidade pelas portas.” (Ap 22:14)
Terceira
lição: Depositar aos pés do Rei o que
temos, é prova de adoração
“Os
vinte e quatro anciãos prostravam-se diante do que estava assentado sobre o
trono, adoravam o que vive para todo o
sempre e lançavam suas coroas diante do trono, dizendo: Digno és,
Senhor, de receber glória, e honra, e poder, porque Tu criaste todas as
coisas, e por tua vontade são e foram criadas.”
(Ap 4:10,11)
O Senhor nos tem coroado com suas
bençãos, com sua Graça e Bondade. Que o
adoremos na beleza de sua santidade, oferecendo-lhe o nosso melhor, tão bem
ilustrado, no magistral gesto de adoração dos vinte e quatro anciãos, ao
tirarem as coroas de suas cabeças, e as depositando aos pés de Cristo.
É na adoração que nossos dízimos e
ofertas, ganham uma dimensão celestial.
E, nesta ambiência gloriosa, entregamos tudo o que somos e temos, aos
pés dAquele a quem tanto amamos.
A Ele todo louvor e toda a glória,
para sempre ! Amém!
Conclusão
O Rei dos
reis nos tem dado toda a sorte de
bençãos; e, para o seu palácio, nos
convida a entrar, afim de conhecermos as riquezas de seu amor e de sua provisão
para nós. Em cada sala deste palácio,
existem extraordinárias bençãos que nos aguardam.
Ele já nos
concedeu as chaves, que são virtudes essenciais que não podem faltar em nosso
coração. Com estas chaves: Honra, Fé, Amor, Gratidão, Generosidade,
Adoração e Primazia – podemos sem sombra de dúvidas, experimentar o derramar da
benção de Deus, com boa medida recalcada, sacudida e transbordante, em todas as
áreas de nossa vida.
Que Deus em
Cristo, se utilize da mensagem deste meu pequeno livro, não apenas para trazer a voce, a concientização sobre a importancia de
ofertar; mas acima de tudo, que promova um grande avivamento em tua vida; fazendo de voce,um semeador em potencial, um
ofertante segundo o coração de Deus.
Que Deus ricamente te abençõe!
As Sete Palavras Chaves de minha
Oferta
Quero semear
com Honra
Ao Deus da minha Provisão,
Pois sei que de mim cuida,
Abençoando sempre o meu pão.
Quero semear
com Fé
E, de todo o meu
coração
Pois cada semente que planto,
Tem a
multiplicação.
Quero semear
com amor,
Ofertando com alegria
Do Senhor sendo cuidado,
A cada dia
Quero semear
com gratidão
Pois meu coração tem memória
E quero sempre louvar
Lhe dando louvor e glória!
Quero
semear com generosidade
Abrindo a minha mão
Sabendo antes
de tudo
Que já abri meu coração
Quero semear
com primazia
No dizimar e no ofertar
Pois Cristo e
sua Obra
Vem em primeiro lugar!
Quero semear
com adoração
Assim com fez Abel
Que através da oferta
Foi aprovado no Céu
(Marcos Antonio da Silva)
O Autor
Pastor Marcos Antonio da Silva
Casado com Elienai e possuem dois filhos: Misael e Deborah
Pastor auxiliar na Assembléia Vitória em Cristo de Curitiba
Foi missionário na Alemanha e Estados Unidos
Escritor com diversos títulos publicados
Pregador e ensinador em Escolas Bíblicas, Seminários, Congressos e
Cruzadas de Evangelização.
Os meus agradecimentos ao nobre Pastor Marcos Antonio que frequentemente nos brinda e nos honra com os seus preciosos ensinos, matérias, mensagens.
Destaco o dileto Pr Marcos como um dos mais elequentes, avivado e de um conhecimento bíblico-teológico insofismavel.
Tomei a liberdade e sempre com a permissão dele para publicar aqui nos Blogs e Sites suas preciosidades editadas.
Abraços Amigo Pr Marcos Antonio da Silva
Os meus agradecimentos ao nobre Pastor Marcos Antonio que frequentemente nos brinda e nos honra com os seus preciosos ensinos, matérias, mensagens.
Destaco o dileto Pr Marcos como um dos mais elequentes, avivado e de um conhecimento bíblico-teológico insofismavel.
Tomei a liberdade e sempre com a permissão dele para publicar aqui nos Blogs e Sites suas preciosidades editadas.
Abraços Amigo Pr Marcos Antonio da Silva
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Muito Obrigado...pelo seu contato e comentario.
Este é o nosso slogan 2015 Um Novo Tempo.
Estamos em uma nova etapa do meu Ministerio no campo missionário, servindo na região da Florida, EUA, Europa e Brasil e tem sido bom interagir com vc.
Apresentamos sempre postagens novas e atualizadas, queremos a sua participação nos escreva, deixe os seus comentarios.
Agradecido pelo seu apoio e visitas.
Abracos
Pr Eliel A Soares
prelielsoares@gmail.com
prelielsoares@hotmail.com
prelielsoares@msn.com
sites
www.pastorelielsoares.com.br
www.redemenorah.com
www.elielasoares.com.br